Em conversa com um dirigente muito próximo do vestiário e do futebol do Inter, ele revelou medo de que o time entre na reta final da Série B instável. A razão é simples. Se mantiver por mais cinco ou seis rodadas essa irregularidade, carregará uma tonelada a mais de ansiedade e insegurança. A ordem é achar em agosto o bom futebol para ter um returno menos tenso.
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Uma análise nos números da Série B desde 2006, quando passou a ser neste formato, oferece retrato bem nítido do que o Inter precisa fazer até novembro. O quarto colocado subiu para a Série A com média de 63 pontos. Houve anos fora da curva, como o Vitória, em 2012, com 71 pontos, e o Figueirense, em 2013, com 60. Pela média, o Inter precisará fazer 39 pontos em 66 possíveis, o que equivale em um aproveitamento de 59% a partir do jogo contra o Oeste. Hoje, o aproveitamento é de parcos 50%.
É possível dimensionar o tamanho do desafio do Inter também pelo número de vitórias do último do G-4 na Série B desde 2006. A média é de 19 vitórias (18,8, para ser mais preciso). Houve exceções: o Vitória, em 2012, teve 21 e deixou de fora do acesso o Santa Cruz, que chegou a 20. No ano anterior, o Sport subiu com 17.
O número de vitórias mostra de forma mais objetiva a distância que separa o Inter da Série A. Até a 16ª rodada, o clube alcançou seis. Levando-se em conta a média de 19, faltariam 13 em 22 rodadas. A favor dos colorados, está o equilíbrio da disputa neste ano. Quatro pontos separam o 11º, o Ceará, do G-4, que tem o Vila Nova no último posto, com 26. Mas é bom não contar com a sorte. O ideal é mirar nas 19 vitórias e começar a partir desta terça-feira, no Beira-Rio. Se deixar para depois, como admitiu o dirigente para mim, o inferno se instalará no Beira-Rio. De vez.