Uma vitória que distensionou o ambiente no Inter. O 1 a 0 sobre o Brasil-Pel deu condição até de mudar a perspectiva pela qual se olhava o time. Sai de cena – ao menos momentaneamente – a equipe fora da zona de classificação, que passou 180 minutos sem chutar e dois jogos sem vencer, e entra o novo integrante do G-4, que não perde há oito partidas e deixou de fazer uma goleada em Pelotas. A nova realidade trará tranquilidade para uma semana de trabalhos no Hotel Vila Ventura, em Viamão, onde o grupo de jogadores ficará de segunda a quinta-feira, em uma mini intertemporada.
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– Essa semana é isso, para aproximar, conhecer mais os atletas. É uma semana para consolidar um modelo novo de jogo – disse o vice de futebol do Inter, Roberto Melo.
Além de aumentar o entrosamento entre os jogadores, regular sono e alimentação, o período de confinamento dará a Guto Ferreira aquilo que mais pediu desde que chegou, há pouco mais de três semanas: tempo para treinar. Por outro lado, o técnico fez questão de não elevar muito a expectativa.
– Nesse período, poderemos passar informação, deixar o jogador assimilar, treinar de manhã e de tarde, descansar e conviver, que vai ser muito importante também. Mas uma semana (de trabalho) vai melhorar, mas não vai mudar tudo. Uma equipe encaixada, voando... isso não vai sair num estalar de dedos – alertou o técnico.
O treinador afirmou que já percebe no Inter alguns "acréscimos lentos":
– Contra o Brasil-Pel, tivemos uma amostra de que o time está se adaptando ao estilo da Série B e aprendendo a jogar a competição, igualando na dedicação e impondo sua qualidade. Tivemos o encaixe que tanto buscamos. Vários jogadores tiveram bom rendimento e isso contribuiu para o desempenho e para o resultado, mesmo que não tenhamos tido muito tempo de trabalho.
O discurso encontrou eco do vice de futebol:
– Houve algumas conversas e cobrança entre eles (jogadores). Todos sabem da qualidade que têm. É um processo de adaptação de saber jogar a Série B. Temos o melhor aproveitamento fora de casa e três partidas sem tomar gol. Sabemos que temos de trabalhar e manter esse espírito a cada jogo. Se tivéssemos um desempenho melhor em casa, estaríamos na ponta – disse Melo.
A prova de que o resultado aliviou a pressão do Inter veio na parte final das entrevistas. Guto Ferreira não tinha visto que que o gol não tinha sido marcado por Fabinho. Pensou que Brenner havia colocado a bola para dentro. Precisou ser avisado pelos repórteres.
– Ah é? Bom, o importante é que fizemos – divertiu-se.
Fabinho não perdoou o treinador:
– Tenho que falar com o Guto, porque quando eu faço, quer tirar o meu gol? – brincou o jogador – que completou: – Brinquei com a minha esposa Daniele e a filha Sara, que estavam me cobrando fazer gol. Agora dedico para as duas, mas tem que ser um gol só. Nunca se sabe quando vai acontecer de novo.
* ZHESPORTES