
Há um desalinho no Beira-Rio. Nico López deixou público seu desgosto com a reserva no domingo, contra o São José. Antônio Carlos Zago alegou questões técnicas e táticas para a decisão de escalar Roberson e Valdívia, principalmente, esse, que viria de bons rendimentos nos treinos e pedindo passagem, segundo o técnico.
Nesta segunda-feira, Nico participou do treino coletivo entre reservas e um combinado de juniores e outros suplentes. O uruguaio estava nesse time. O centroavante nos reservas era o quarto goleiros. Um sinal claro de que a postura de Nico de se isolar no banco de reservas e nem participar da roda de bobinhos no intervalo da partida no Estádio do Vale repercutiu no vestiário. Do que menos Zago precisava neste momento era de uma polêmica no vestiário com um jogador muito benquisto pela torcida. Mas ela surgiu – e com força.
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A ausência de Nico no domingo, pelos números, me parece inexplicável. São quatro gols e duas assistências e um bom rendimento nas partidas em que foi utilizado. A razão dessa decisão de Zago está relacionada ao plano tático do time. O uruguaio naõ tem as características defensivas que exige o modelo adotado, com três volantes e dois meia-atacantes a apoiar Brenner. Sem a bola, esses jogadores precisam recompor. A questão é que o valor ofensivo de Nico compensa essa sua pouca aptidão à marcação.
Zago não pode prescindir de um jogador como ele. Ainda mais na planície deste Inter atual. Talvez o técnico esteja invertendo a mão, adotando um esquema antes de contar com os jogadores adequados para executá-lo. Quem sabe não seria o ideal montar seu plano tático com o que tem no vestiário hoje? Se for assim, impossível Nico não ter lugar entre os 11 titulares.