A proprietária da casa que foi atacada por um grupo de torcedores do Internacional relatou momentos de pânico vividos durante o final da tarde de ontem, após um drone sobrevoar o Beira-Rio com a letra "B" - em alusão à possibilidade de rebaixamento do clube. A residência dela foi confundida com a base da aeronave.
Entrevistada no Timeline Gaúcha desta segunda-feira (28), ela afirmou que a ofensiva durou mais de 20 minutos, com chutes e arremessos de objetos.
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A moradora do bairro Santa Tereza, zona sul de Porto Alegre, afirmou que nem sabia o que ocorria, já que não acompanhava a transmissão do jogo.
– A gente não entendia nada, por que a gente ouviu só o final do jogo e nem ficou sabendo do drone. Meu marido estava com calção do Inter, não entendia nada, e os caras chutando, chutando.
Durante o momento de maior tensão, ela pensou que o marido seria morto. Para tentar cessar a ação criminosa, inclusive, ela saiu de casa com a filha de dez meses clamando para que os vândalos parassem. A tentativa não comoveu os envolvidos.
– Peguei minha filha, saí para fora no piso de cima, gritando que era uma família colorada. Quando saí com minha filha, um cara não tava nem aí: pegou um tijolo e atirou contra nós duas. Mirou em nós.
Apesar dos momentos de tensão, nenhum morador da casa ficou ferido. O carro dela, um HB20, teve vidros quebrados.
A Polícia Civil está investigando o crime e diz já ter identificado preliminarmente dois envolvidos.