Agora caiu para Nico López e Aylon a incumbência de quebrar (mais) uma marca negativa do Inter. Os dois tentam por fim a seis jogos sem que qualquer atacante balance as redes do adversário. Pela Copa do Brasil, o Inter enfrenta o Fortaleza, às 21h45min desta quarta-feira, no Beira-Rio. A partida abre as oitavas de final da competição para os colorados.
A nova dupla de ataque foi testada no treino de terça e anunciada como provável titular pelo próprio Twitter do Inter. Na teoria, deveria ser uma espécie de mistão para encarar o clube cearense, atualmente vice-líder do Grupo A da terceira divisão nacional. Na prática, porém, o momento do time de Celso Roth permite que qualquer um que ganhe uma oportunidade e corresponda às expectativas possa se firmar também como titular na briga para fugir do rebaixamento.
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É nisso que se apegam Nico e Aylon. O uruguaio, contratado a peso de ouro há um mês, jogará na posição em que se destacou no Nacional-URU e teve seus melhores momentos na Europa, como atacante centralizado, mas não centroavante – com liberdade de movimentação.
– Nico López está acostumado a jogar em qualquer posição do ataque. É um goleador, tem instinto ofensivo e busca a meta adversário – aponta o volante Jim Varela, atualmente no Atenas-URU, companheiro do uruguaio no Mundial sub-20 em que Nico foi o bola de prata, em 2013.
Já Rúben Paz, ídolo colorado dos anos 1980, acredita que a chance de jogar em uma posição com liberdade para se movimentar pode facilitar a adaptação do atacante em Porto Alegre.
– Lembro que comigo foi parecido. Quando cheguei, achei que teria facilidade para me aclimatar. Mas não foi bem assim, era tudo diferente. Nico é um garoto, tem muito a acrescentar ao Inter. Acho que passa por ele a saída deste momento ruim – comenta o atual técnico do Liverpool-URU.
Nico não estará sozinho no ataque. À direita, terá Valdívia como companheiro. À esquerda, Seijas. À frente, Aylon. Aylon, aliás, foi o último atacante do Inter a fazer dois gols no mesmo jogo no Brasileirão. Há mais de dois meses, marcou o primeiro e o segundo no 3 a 1 sobre o América-MG no Beira-Rio, ainda pela sétima rodada. Foi a penúltima vitória colorada no ano. Três dias depois, a equipe, ainda sob comando de Argel, ganhou do Atlético-MG e, dali em diante, só perdeu ou empatou.
– Aqui, usávamos como atacante de lado, pela esquerda, para fazer a diagonal. Mas com Argel ele foi centroavante e rendeu bem. Repito sempre: é um jogador com o dom do gol. Tem posicionamento e finalização, precisa aproveitar a chance agora, que está recuperado – argumenta o técnico Rudi Machado, que teve em Aylon o destaque no acesso do São Paulo-RG ao Gauchão em 2013.
A nova dupla de ataque tem a missão de tirar de Ariel o posto de último atacante a marcar, no 2 a 2 com a Ponte. Já são quase 600 minutos que o Inter dependeu de Seijas (três vezes), Alex, Fernando Bob e Mena, contra, para marcar. Agora, está nos pés de Aylon e Nico.
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