Mano Menezes nem abriu conversa. Abel Braga mandou avisar voltar ao Inter agora estava fora de cogitação. A cinco meses de uma eleição, o presidente Vitorio Piffero partiu para uma solução mágica. Trazer Falcão é apostar na imagem do ídolo, no camisa 5 de futebol clássico, elegante e, principalmente, de extrema qualidade. É um analgésico poderoso para aplacar a crise. Ainda mais que domingo estará no Beira-Rio o Palmeiras, líder do Brasileirão e melhor time do futebol brasileiro neste momento. Mas e depois? E logo ali adiante?
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O retrospecto recente de Falcão é o que sustenta sua volta ao Inter. No Sport de 2015, assumiu em setembro e manteve o padrão do time herdado de Eduardo Baptista. Neste ano, sem jogadores importantes, como Diego Souza, André e Marlone, naufragou na remontagem da equipe – que aliás, até agora ainda não encontrou o rumo. Saiu da Ilha do Retiro com 53% de aproveitamento em 2016 – 10 vitórias, quatro empates e sete derrotas. Mas ganhou os clássicos com Náutico e Santa Cruz.
Atualizado com o que há de mais moderno no futebol europeu e conectado com nomes de primeira linha do lado de lá – como Carlo Ancelotti e Sven-Goran Erikson –, o técnico apresentou sua versão renovada em Pernambuco. Seu auxiliar, Thiago Gomes, é apontado como um jovem promissor. Seus times buscam o jogo em velocidade e pelos lados. Ou seja, Falcão está com todas as ferramentas à mão para decolar de vez como técnico. E, no Inter, além de tudo isso, conta com a mística do volante de cabelos encaracolados que cresceu e fez história no Beira-Rio.