O Inter perdeu mais uma vez, se encrenca no meio da tabela, não avança. Cai. O Z-4 é um fantasma.
Saiu um técnico, entrou outro, o time não mudou para melhor. É pedir demais, exigir um milagre que um treinador recém saído da base, como Clemer, possa fazer algo especial com menos de uma semana de trabalho.
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Os problemas do Inter contra o Flamengo, na derrota de 2 a 1, foram os mesmos dos tempestuosos dias de Dunga no comando da equipe: uma defesa lenta e frágil, dois volantes iguais se batendo, um meio-campo nada criativo, um ataque quase mudo.
O Flamengo não tem um grande time, nem mesmo um bom time. Venceu sem ser o melhor, ganhou graças as três defesas do seguro goleiro Felipe e porque concluiu com mais certeza. O empate teria mais a cara da partida no Maracanã com um gramado que se desmancha a cada 90 minutos. Os erros de passe atrasaram a vida dos colorados. A derrota passa por aí.
Inter poderia ter saído na frente não fosse duas falhas de conclusão de Otávio, um jogador de ataque que ainda não sabe chutar. Poderia esperar mais se DAlessandro estivesse no seu dia, mas ele segurou muito a bola, jogou de costas para o seu ataque, priorizou as jogadas com Gabriel.
Insistir com Caio é um erro grave, manter dois laterais como Gabriel e Fabrício não recomenda. A má fase de Damião continua latente. O Inter não se encontra, nem com os experientes sozinhos, nem misturados com os novatos.
Clemer ainda treina contra o Náutico, domingo, em Caxias do Sul. O Inter quer anunciar Abel Braga nos próximos dias. Acha que Abel é a solução, só ele pode dar equilíbrio ao time. A confiança já não existe mais. A bola queima no pé de todo o mundo, as jogadas mais simples se transformam numa complicação do tamanho do gigante Maracanã.