Ao definir a importância de The Strongest x Inter, quarta-feira, em La Paz, pela Libertadores, o técnico Dorival Jr. foi taxativo como nem sempre são os técnicos:
- Nosso pensamento é total em cima desse resultado.
Esse resultado, óbvio, significa não perder na Bolívia. O mais natural diante de um adversário goleado por 5 a 0, no Beira-Rio, seria vencer. Mas entram aí os 3,6 mil metros de altitude e o ar rarafeito do altiplano boliviano. Sinal de problemas à vista. Um agravante que pode minar os planos do Inter - e a ideia é de atacar o The Strongest. O exemplo virá do 7 a 0 deste sábado, sobre o Juventude.
- A postura que a equipe teve será fundamental na definição do resultado de quarta-feira. Considero um jogo de alto risco, decisivo em todos os sentidos para nós. É um concorrente direto - discursou Dorival, na coletiva desde sábado.
O técnico falou de forma direta sobre a derrota para o Santos, quando colocou o volante Elton na vaga de Dagoberto e, por consequência, perdeu força ofensiva. Desta vez, disse, se perder um atacante entrará alguém da mesma posição. A característica do time, de atacar, não vai mudar. A ideia é manter a boa fase, com 12 gols marcados e nenhum sofrido nos últimos dois jogos.
Neste sábado, afirmou, contou a dedicação e seriedade do Inter. Se virou com 1 a 0 no intervalo, marcou seis gols na segunda etapa. Não é o suficiente, porém, para deslumbramento. Dorival manteve um discurso cético. Apelou para uma frase de efeito:
- O céu e o inferno no futebol têm só um palmo de distância.
E ainda há a altitude. Motivo para muita preocupação.
- É sempre uma incógnita. Você subir numa escada numa situação dessas já é difícil. Imagina um pique. Complica, assusta todo mundo e gera uma interrogação muito grande - ponderou Dorival.