Pouco afeito a entrevistas desde que chegou a Porto Alegre, Luis Suárez foi o convidado do programa Bola da Vez, dos canais ESPN, reproduzido neste sábado (2). O jogador de 36 anos, que deixará o Grêmio ao final da atual temporada, falou sobre o futuro e afirmou não estar preparado para se aposentar do futebol.
— Sou cabeça dura e não estou pronto para parar de jogar. E meus filhos me veem fazendo gols e tudo mais. Meu filho menor, hoje em dia, tem cinco anos. Que eles tenham a lembrança de seu pai jogando, fazendo gols e indo bem. A minha filha maior já viu tudo, o menor, não — pontuou.
A respeito das dores no joelho que vem sofrendo, Suárez citou o jogo contra o Flamengo, pelo Brasileirão, em 11 de junho, como o momento em que maior sentiu dificuldades físicas após uma partida.
— Sigo com dor, mas aguentando e tentando dar o máximo para o clube. Se fosse tratar no Barcelona, o tempo de recuperação seria mais largo. Uso medicamentos para jogar. Tomo injeção, mas isso não me preocupa. Me comprometi com o clube. Eu não sofri no início (durante os primeiros jogos). Estava bem. Tenho a mentalidade de jogar sempre — destacou.
O uruguaio falou a respeito do clássico Gre-Nal e da expectativa de enfrentar Sergio Rochet, companheiro na seleção uruguaia e hoje goleiro titular do Inter. Os dois atletas também atuaram juntos pelo Nacional, em 2022.
— É uma rivalidade muito forte. O que me tocou no Gre-Nal é que, faltando duas semanas, já se está falando do Gre-Nal. Não estava acostumado. Eu não tenho pressão. Ele (Rochet) que tem. Eu já fiz gol em Gre-Nal — relembrou.
Suárez aproveitou para elencar o melhor zagueiro que enfrentou no Brasil, citando Fabrício Bruno, do Flamengo. Além disso, definiu o técnico Renato Portaluppi em uma palavra:
— Personagem.
O centroavante valorizou o entendimento que teve com o treinador e ídolo gremista.
— Nossa relação é ótima, de respeito. Ele falou que jogava mais do que eu, mas que não fazia mais gols do que eu — revelou.