Após um primeiro ano abaixo das expectativas, o centroavante André está conquistando sua redenção no Grêmio. Líder de assistências na temporada, o atacante explicou nesta terça-feira (9), em entrevista coletiva, que precisou de tempo para se adaptar ao esquema tático de Renato Portaluppi. Na visão do jogador, a formação gremista tem uma participação mais ativa dos pontas, o que exige uma movimentação diferente do camisa 9.
— Estou agora muito mais ambientado ao esquema, que joga mais pelos lados. Aqui, os pontas estão sempre na cara do gol, e aí o atacante tem outro tipo de função. Estou mais adaptado a isso, sabendo minhas tarefas em campo. Tudo está ocorrendo no seu tempo certo — avaliou André, que será titular nesta quarta-feira (10), contra o Rosario Central, pela Copa Libertadores.
Em alta no seu segundo ano de Grêmio, o atleta também lembrou do imediatismo do futebol brasileiro e ponderou que o tempo de adaptação é necessário para o resultado aparecer.
— Trabalho, né. Primeiro de tudo, segundo é paciência, o futebol tem seu tempo, temos de saber disso. Não se pode deixar de trabalhar. O momento está começando a ficar bom, mas tem que trabalhar mais ainda. No Brasil, tem de ser tudo precoce. As pessoas querem as coisas para amanhã. Tive o tempo, a paciência e, agora, estou colhendo os frutos — completou.
Apesar de ser centroavante, André, está se destacando em 2019 por servir os companheiros. Com cinco assistências, o atacante é líder do índice entre os jogadores da equipe.
— O futebol é fase. Felizmente, estou tendo essa oportunidade e essa sequência neste ano com o Renato. Eu já gostava de dar passes para o gol, mas não estava acontecendo. Agora, mais entrosado com a equipe, está acontecendo. A minha função é fazer gol, mas estou aqui para ajudar — declarou.
Por fim, André ainda avaliou o que muda na equipe com a entrada do meia Jean Pyerre no lugar de Luan, que está afastado da equipe por tempo indeterminado.
— O Jean Pyerre toca mais a bola, enquanto o Luan gosta mais do drible. Ele tem o toque de bola também, mas gosta mais do drible. Já o Jean Pyerre procura fazer o "um, dois" e virar a bola para o outro lado. São dois jogadores acima da média. Para mim, que sou atacante, é um privilégio — finalizou.