Quando deixou o Atlético-MG, em janeiro de 2015, talvez nem o próprio Diego Tardelli imaginava que ficaria tanto tempo no futebol chinês. Alvo do Grêmio, o atacante está prestes a retornar ao Brasil após quatro temporadas defendendo o Shandong Luneng.
Tardelli chegou ao atual campeão da Copa da China a pedido de Cuca, com quem havia trabalhado em Minas Gerais. Em sua primeira temporada, ajudou a conquistar a Super Copa, vencendo o Guanghzou Evergrande nos pênaltis, após empate em 0 a 0 no tempo normal.
— Ele jogou como um meia-atacante, estilo o Luan, do Grêmio. Tinha muita liberdade de atuar pelas pontas e pelo meio. Em 2015, jogou com Vagner Love. Desde 2017, ele atua com o italiano Graziano Pellè no ataque. Então, ele flutuava bastante, tanto pra criar, como para atacar — relata Eduardo Procópio, do site China Brasil Futebol.
Em 2016, no entanto, Tardelli viveu um período de turbulência no clube. Após lesão no tendão de Aquiles, o atacante pediu para ser negociado e foi afastado do elenco — até pelo excesso de estrangeiros.
— Foi mais opção do treinador. O alemão Felix Magath preferia colocar o Pellè e o Cissè no ataque — comenta Procópio.
Tardelli também foi treinado por Mano Menezes e pelo chinês Li Xiaopeng, atual comandante da equipe. Em sua última temporada, ajudou o time a chegar ao terceiro lugar no Campeonato Chinês e à final da Copa da China. Porém, apesar de ter marcado gol nos dois jogos da decisão, não evitou a perda do título para o Beijing Gouan, de Renato Augusto.
— Ele sempre foi destaque do time. Lembro do hat-trick dele na última rodada de 2016, contra o Hebei Fortune. O último gol dele aos 50 do segundo tempo — finaliza Eduardo Procópio.