O técnico Renato Portaluppi definiu a classificação do Grêmio sobre o Estudiantes como a "vitória da coragem". Após marcar o gol que levou a decisão para a disputa por pênaltis nos acréscimos, Renato valorizou a entrega da equipe para superar o sistema defensivo do time argentino. Confira o que mais disse Renato após a conquista da vaga às quartas de final da Libertadores:
Avaliação sobre o jogo e favoritismo
"Estou me recuperando ainda do jogo. Nunca fomos favoritos, não é por ter classificado assim que somos os favoritos da competição. Tínhamos o objetivo de alcançar as quartas de final. Não tem jogo fácil, mas mesmo que tenha demorado para sair o gol do Alisson, gostei da minha equipe. Não desistimos. Fizemos uma série de mudanças na parte tática. Isso foi importante, não perdemos o foco e demos espaço. Além da garra, ambição do treinador e da equipe. Vê com quantos atacantes acabamos o jogo. É só ver as conclusões que construímos ao longo do jogo. Tinha que ser assim, nos acréscimos. O mais importante é que conquistamos o objetivo. Parabenizo também o torcedor, que lotou a Arena e foi fundamental".
O que passa na cabeça com o gol nos acréscimos
"O Maicon é testemunha, cobro muito meus atacante para que um puxe no primeiro pau. Fez e saiu o gol da classificação. Foi sofrido, mas saiu o gol. Tinha falado um ditado antes do jogo. Sabia que viriam fechadinhos. Água mole pedra dura, tanto bate até que fura. Eles iriam sofrer, amassaríamos e foi o que aconteceu. Foi sofridos, mas veio a recompensa para a equipe que buscou a vitória. O Estudiantes está de parabéns, valorizou muito nossa vitória. Quando jogamos dentro do adversário como jogamos, temos mais chances de vencer a partida. Vieram para achar um gol, mas não adiantou. Conseguis, Falei que não Tínhamos como perder pela maneira que conquistamos a vitória nos 90 minutos. Já parabenizei o grupo no vestiário. Nos fortalecemos, e muito, com esta passagem às quartas de final".
Pênaltis após cobranças
"As críticas são normais quando as coisas não acontece. Treinamos, sabe quantos dias nós treinamos todos os dias. Muitos cobradores treinam. Mas alguns erraram. Cícero foi muito bem contra o Atlético-PR e hoje conversamos as cinco. Vamos errar algumas vezes. Mas não é por falta de trabalho. O mais importante é que estamos felizes, nosso torcedor está feliz. Não poderíamos dececpio0nar nossa torcida, nossos familiares. Foi importante. A Arena lotada dá muita força. O presidente falou muito bem antes do jogo para o grupo. Fazemos tudo que dá fora de campo. Falei que estava tranquilo na preparação, que era um orgulho estar no comando do time que joga o melhor futebol do Brasil. Parabenizar meu grupo mais uma vez por esta passagem de fase".
O que fica dos jogos contra o Estudiantes
"Tem coisas que falam aí vai ter alguém que fale. Não sei o que aconteceu, mas este papo de erros que cometemos vou conversar com meu grupo. Mas foi poucos erros. Muito mais méritos do meu time pela classificação. Não é fácil atacar contra um equipe que apenas se defende. Prevaleceu a coragem do Grêmio. Aprendo todo dia, mas isso vou conversar dentro da quatro paredes com meu grupo. Estamos fortalecidos, vamos corrigir alguns pequenos erros que cometemos para não repetir mais".
Mudanças mais eficazes
"Depende muito do que a gente precisa ou o que acontece. Começamos no 4231, depois tirei o Léo Moura e fiz uma linha de três com Geromel, Kannemann e Cortez. Depois trouxe o Alisson para a meia com a entrada do Pepê e o André. Vamos enrolando o adversário, que não conhece o que pretendemos fazer dentro de campo. Não demos chances para o nosso adversário. Isso prova que buscamos a vitória o tempo todo. Foi a vitória da coragem. Mesmo com muitos atacantes, não demos chances para o adversário. Era um jogo de paciência, não iriamos furar de qualquer jeito. Minha equipe teve paciência para criar".
André e Jael podem jogar juntos
"Sim, mas vai depender muito do que precisamos e de qual é o jogo. Não tenho medo algum de colocar os dois para jogar juntos. Como estavam muito fechados, coloquei dois centroavantes para ter a jogada de lado. Mas depende da circunstância do jogo".
Emoção do Maicon
"É mais uma prova de que o nosso grupo é muito fechado, trabalhador. Está na história do Grêmio. Em outras palavras, quis dizer que o André chegou e ainda não mostrou tudo que sabe. Atacante chega para fazer gols, mas os gols não saem. André nunca se abateu, demos muita força. Conversei ontem com o André, que ele estaria de volta em breve. Que ele não seria titular, mas que não tinha perdido a confiança nele. Tem um potencial muito grande. Uma pessoa falou que a diretoria do Grêmio não sabe contratar. Todo jogador que entra no Grêmio, quem pede sou eu. Sou o responsável por cada jogador que chega., Sempre trocamos ideias, trazemos jogadores que podem nos ajudar. Mesma coisa o Marinho, vai nos ajudar muito. Peço que quando alguém quiser fazer uma crítica a um jogador, pode me criticar. Como o Maicon falou do André, falo do Marinho. Fui criticado quando cheguei pelos jogadores que vieram, que eles não teriam mais nada para dar, mas estes jogadores deram quatro títulos em 23 meses".
Alternativas táticas para o futuro
"Desde que comecei a jogar, e agora como treinador, uma coisa não me falta: coragem. Quando só temos o plano A, o adversário vai te marcar e não dá para construir alguma coisa. Estas mudanças provaram. Tivemos mais de 20 situações de gol. Se o plano A não estiver dando certo, vamos para o próximo. Mesmo fazendo estas mudanças táticas, não é colocar atacantes por colocar. Cada um tinha sua função, fechamos bem os espaços do adversário e tivemos 78% de posse de bola. E dentro do campo do adversário esta posse de bola. Quero ver os outros times fazerem o que o Grêmio vem fazendo desde 2016".
Alisson
"Competência e sorte são duas palavras que andam comigo. Hoje o Alisson provou mais uma vez. Está nos ajudando bastante. É difícil para o treinador colocar apenas 11, o grupo do Grêmio tem muita qualidade. Converso com eles. Muitos jogadores pedem passagem, mas quem está jogando não dá passagem. Não quero saber quantos minutos jogam, precisa ter a entrega e dar o máximo".
Luan e os pênaltis
"Luan poderia ter cobrado se não acontecesse a conclusão nos primeiros. Procurei poupá-lo. Aí entra o treinador para dar um tempo. Imagina se ele erra e o Grêmio é desclassificado. Tenho que proteger meus jogadores. Mas é para poupar o jogador. Penso lá na frente. É uma fase, que nesta hora preciso proteger meu jogador".
