
Ouça a coluna de Leonardo Oliveira:
Tomara que a entrevista de Renato ao final da derrota no Chile tenha sido apenas para render manchetes e desviar o foco. Porque, se ele achar mesmo que o Grêmio caiu para o Deportes Iquique por causa da arbitragem, entra numa curva que encurtará sua passagem pela Arena.
O Grêmio se perdeu em abril e parece entrar maio sem saber que caminho tomar. O time perdeu consistência, solidez defensiva e a dinãmica com que atropelou adversários na reta final de 2016. É preciso reconhecer que Renato ficou sem Walace e Douglas e conta com Maicon menos do que deveria. Mas também é verdade que a direção trabalhou e colocou no vestiário alternativas para que essas ausências sejam supridas. Ou que novas soluções sejam encontradas. E esse me parece o maior problema de Renato. Ele não encontra novas soluções para o Grêmio. Por falta de um novo rumo, o time parece desandar e perder a estrutura que funcionou até pouco tempo.
Há ainda questões de fora do campo que precisam ser solucionadas. Essas não dependem de Renato e gritam por uma atuação mais enérgica da direção. Que precisa descobrir por que Luan parou de jogar? Por que Edílson passa mais tempo com lesões musculares do que em campo? Por que Bolaños começou a temporada voando e, aos poucos, aterrissou numa planície preocupante?
Essas perguntas deixam claro que os problemas gremistas não estão só no campo. E também não se originam de uma conspiração continental de árbitros. Eles são mais profundos e exigem uma revisão interna profunda.