Fica difícil vencer o líder do Brasileirão quando os homens de frente perdem chances cara a cara com o goleiro. O Grêmio dominou o Palmeiras, mas quase perdeu no fim. O empate na Arena congela a pretensão de briga por G-4.
O Grêmio teve outra postura. Jogou mais do que o Palmeiras, mostrou que tem time para ir além do sexto lugar. Roger Machado optou por Kannemann como zagueiro, na vaga de Wallace Reis. A escolha manteve Marcelo Oliveira na esquerda. Ele não comprometeu e tampouco contribuiu na frente. Já Edílson acertou um petardo no travessão.
A pontaria foi lamentável. Pedro Rocha, Luan e Guilherme perderam chances claras. Guilherme errou de cabeça, sozinho. Pedro e Luan tinham o controle da bola e tempo para definir. Luan bateu rente à trave. Pedro chutou no meio, onde há maior probabilidade de o goleiro pegar.
Pedro Rocha não é titular pelo pé torto. Se guardasse lances fáceis, teria mais de 10 gols no ano. Ainda assim, prefiro o piá no time em vez de um volante.Enfim, é triste empatar jogando melhor, mas melhoramos. Como a próxima partida é fora de casa, fica o desafio de repetir o controle de jogo. E a obrigação de converter as oportunidades claras.
Novamente apagado
Bolaños teve outra atuação apagada. Concluiu uma vez, do meio da rua. É pouco para quem foi comprado por uma fortuna e recebe farto salário. No custo-benefício, o equatoriano dá prejuízo. Se está desmotivado, trata-se de um desrespeito com o torcedor. Bolaños é jogador de seleção, tem boas condições de trabalho e deve se esforçar para valorizar o investimento tricolor.