OAS dá aval ao Grêmio sobre Arena, mas negócio pode parar na Justiça

O Grêmio já recebeu o aval da OAS para concluir a compra da Arena. Em e-mail enviado no início da tarde desta terça, o presidente Romildo Bolzan Júnior foi informado de que a empreiteira está de acordo com as diretrizes do negócio.

O e-mail, ao qual ZH teve acesso, foi enviado por Luis Largman, diretor da Karagounis - um dos interlocutores da OAS nas tratativas com o Grêmio. A empresa é controlada pelo Fundo de Investimentos Imobiliários da Caixa.

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Com a ajuda do banco, o clube obteve o aporte de um fundo que comprará a dívida do financiamento do BNDES, do Banco do Brasil, do Santander e do Banrisul. O valor, avaliado em R$ 170 milhões à vista, será arrematado por R$ 113 milhões pelo parceiro.

– As equipes técnicas da Caixa, OAS e Karagounis estão de acordo com a operação proposta – diz a mensagem de Largman.

Agora, as partes buscam um consenso para assinar um memorando de entendimento e concretizar a operação. Segundo apurado por ZH, já existe uma minuta redigida. A reportagem teve acesso ao documento, que conta com 37 pontos que norteiam as diretrizes do negócio – que seria concluído em até 120 dias, com a entrega da gestão e o imóvel da Arena ao clube e o repasse do Olímpico à OAS. No entanto, uma cláusula ainda é motivo de discussão.

Sugerido pelo advogado Ricardo Lupion, um dos representantes do Grêmio nas tratativas, o item 23 do documento diz respeito às "condições precedentes" para o fechamento da operação. No segundo parágrafo, o Grêmio exige que a OAS encaminhe uma petição ao Tribunal de Justiça de São Paulo, na qual tramita a recuperação judicial da empresa, informando a venda da Arena ao clube.

Mas, caso exista algum recurso de credor da OAS, como descrito no parágrafo terceiro, o Grêmio pode postergar a entrega do Olímpico, mesmo já com a posse da Arena. A construtora exige que a troca de chaves ocorra simultaneamente. Caso o item seja reformulado, o memorando será assinado até o fim da semana. Caso contrário, a discussão pode parar na Justiça.

Veja abaixo o item 23 da minuta de contrato entre Grêmio e OAS: