Azedou outra vez a difícil relação entre o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Novelletto, e o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior. O gremista imaginava que seria atendido na exigência de chamar um árbitro de fora do Rio Grande do Sul para comandar o Gre-Nal 409, no próximo domingo, às 18h30min, na Arena.
Romildo não gostou quando ouviu que um gaúcho, mesmo com escudo da Fifa, seria indicado, nem mandou representante ao sorteio, na quarta-feira passada - sorteio que havia sido anunciado para a quinta-feira. Ficou ainda mais irritado com o ofício que a FGF enviou negando o pedido. O considerou jocoso, num certo exagero. Nesta quinta-feira, os dois não conversaram sobre a crise, só trocaram rápidas mensagens via celular.
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Com medo da ira da torcida tricolor, da repercussão negativa do caso, da escolha de um árbitro gaúcho, Novelletto decidiu não assistir ao Gre-Nal. Como tem negócios em Santa Catarina, passará todo o final de semana em Florianópolis. Não visitará a Arena, não verá o clássico.
A crise da arbitragem do Gre-Nal 409 alcançou a CBF. O Grêmio pediu à entidade nacional um árbitro para o clássico. A CBF consultou a FGF, uma vez que a partida vale também pela Primeira Liga. Os gaúchos avisaram que Anderson Daronco tinha sido sorteado em Porto Alegre. O contato evitou que dois quintetos de árbitros se dirigissem para a Arena no meio da tarde de domingo.
Opinião
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Luiz Zini Pires
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