Tenho consciência plena que posso estar sendo repetitivo e chato, na medida em que insisto em teses já amplamente divulgadas aqui na coluna. Mas, desta vez, não quero apenas emitir uma opinião, como disse, conhecida de todos aqueles que leem a coluna, especialmente quando há críticas ao que escrevo, o que considero salutar.
Retomo à questão do centroavante e, no Sala de Redação da Rádio Gaúcha, apresentei números de Bobô, jogador reserva do Grêmio. Ele tem média de gols maior do que a de Lucas Pratto, ídolo do Atlético-MG, e do que Paolo Guerrero, astro do Flamengo. Henrique Almeida ainda não tem adaptação ao time, não está devidamente preparado, como ele mesmo disse, e, por consequência, produz menos do que Bobô.
Fico pensando: será que equipes extraordinárias como Barcelona, por exemplo, com Messi e Neymar, precisariam de um centroavante? Eles buscaram Suárez para completar a genialidade desses dois. E o Real Madrid, que tem Bale e Cristiano Ronaldo precisaria de um centroavante? Mas tem Benzema como homem da finalização.
Aqui do lado
E, mais perto, no Gauchão, quem são os goleadores? No São José, Heliardo, centroavante; no Juventude, Brenner, centroavante; no Inter, Aylon, também centroavante, só para citar alguns exemplos bem próximos.
Posso estar equivocado e Bobô não ser o jogador ideal, reconheço. Mas, pelas suas características, como alternativa de banco, seria de transcendental importância. Principalmente a partir da metade do segundo tempo.
*Diário Gaúcho