Gre-Nal sempre é importante, independentemente da situação dos dois clubes na tabela de pontuação. É um clássico que vale por si só, em face da grandeza intrínseca de Grêmio e Inter. Talvez seja a maior rivalidade clubística nesse país da bola, apesar dos grandes jogos entre rivais do centro do país. A única forma de amenizar ou suavizar uma derrota em Gre-Nal é quando, no mesmo campeonato, o adversário que perdeu, tem outras conquistas importantes e, atualmente, seria a vaga à Libertadores ou o título de campeão. É uma atenuante, mas não cura feridas abertas, principalmente se forem muito doídas, como um 5 a 0, por exemplo.
Por esse passado recente, penso que o clássico de domingo não tem favorito. Os números não mentem. Embora o Grêmio possa garantir vaga direta à Libertadores se vencer o Fluminense, na quinta-feira, o Inter faz melhor campanha que o Tricolor neste segundo turno, o que significa dizer que, neste momento, vive fase melhor.
Apesar de o Inter ter mais desfalques, e o Grêmio, em tese, estar mais entrosado, há que se considerar que o jogo é no Beira-Rio e o fator local prepondera em algumas oportunidades. Temos tudo para ter um Gre-Nal parelho, sem favorito e que, diante do movimento de paz mundial que cresce depois dos atentados, tenha somente futebol bem jogado, sem nenhum tipo de violência, inadmissíveis nos dias de hoje. E com torcida mista, para que todos saibam conviver.
Significados do Gre-Nal
Para o Grêmio, o clássico pode ter outro significado caso o time de Roger garanta a vaga na quinta-feira. Assim, aliviará o stress do Gre-Nal, que, mesmo assim, sempre será clássico. Se o Inter vencer a Chapecoense, encarará o Gre-Nal como um jogo de vida ou morte.
Paixão Tricolor
Cacalo: o clássico de domingo não tem favorito
Cacalo Silveira Martins
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