Enderson Moreira é uma aposta. Certo. Mas que técnico não é? Ano passado o Grêmio contratou Luxemburgo, de extenso currículo, coberto de títulos importantes, ex-treinador da Seleção e do Real Madrid. Começou dando certo, depois não deu. Restou de sua passagem uma dívida de R$ 6 milhões e algum ressentimento.
Celso Roth, se a direção do Grêmio contratá-lo, o clube perde uns 10 mil sócios no primeiro dia.
Mano falhou na Seleção e já está no Corinthians.
Tite não quer trabalhar em 2014. Renato pediu demais.
E Felipão, se cometesse o desatino de desistir da Seleção há meio ano da Copa e fosse para o Grêmio, Felipão seria garantia de sucesso?
Não. Nenhum técnico é. Então, se os dirigentes do Grêmio amealharam boas informações de Enderson Moreira, se conversaram com ele e gostaram do que ouviram, se colheram indicações positivas a seu respeito, se a avaliação dos últimos trabalhos dele é interessante, por que não Enderson Moreira?
É bem verdade que só se conhece um técnico quando ele está trabalhando na cidade, a metros de distância, no dia a dia, no jogo a jogo, mas isso também vale para os velhos ratões do futebol brasileiro, que ganham milhões e muitas vezes não rendem milhares.
Enderson Moreira, claro que sim. Às vezes é bom renovar.