Renato Portaluppi fala em má sorte. Deposita na "falta de sorte" a incrível ausência de gols, de seis partidas em série sem sacudir as redes e do jejum de vitórias. Derrotas e empates se intrometeram na tempestuosa rotina gremista nas últimas semanas.
O G-4 ainda é real, tanto quanto a instabilidade do time. O momento é de crescente tensão.
A queda, 58.113 torcedores como testemunha no Mineirão, chegou ao natural. O Cruzeiro nem precisou jogar como dono de título, nem brilhou como real campeão. Aplicou 3 a 0 num time que implorava pelo 0 a 0, que começou com três zagueiros, três volantes, dois laterais, que raramente avançam, e uma isolada dupla de atacantes.
Barcos, pelo menos, chutou. Acertou o poste, depois o goleiro Fábio, um dos melhores da competição, brilhou, na maioria em chutes de fora da grande área.
Renato mudou a equipe quase aos 80min. Com 30min, era possível observar que o equivocado esquema não suportaria a pressão. Ele não achou uma só solução no intervalo - também não soube explicar, outra vez, a falta de gols e o declínio da equipe.
Quando mudou, perdia por 2 a 0 e fez a trocas óbvias da sua gestão, um atacante por outro, um volante por um meia.
O Grêmio chega na parte mais importante do Brasileirão, 15 pontos ainda disponíveis, sem a confiança de outras jornadas. O técnico, ao menos nas últimas partidas, não consegue mais acertar o time.
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