O Grêmio gastou bem mais do que faturou em 2013. Por isto, o Conselho Deliberativo aprovou, ontem à noite, uma suplementação orçamentária de R$ 89 milhões. Só na montagem do time para a Libertadores o investimento chegou a R$ 30 milhões.
O orçamento projetado para 2014 é de R$ 210 milhões. Nesse valor, está estimado um faturamento entre R$ 40 e R$ 70 milhões, proveniente da venda de pelo menos cinco jogadores. Bressan e Alex Telles, que interessam a clubes europeus, poderão ser os primeiros da lista.
A proposta orçamentária acabou não sendo votada. Como seguirá sem a verba da bilheteria dos jogos, que fica concentrada nas mãos da Arena Porto-Alegrense até a apuração do lucro líquido ajustado ao final de cada ano, o clube sobreviverá do que for arrecadado com o Quadro Social e ações de marketing. Uma receita que oscila conforme o desempenho do time dentro do ano.
- Ficará muito difícil atravessar o ano se não forem vendidos um ou dois jogadores - diz um conselheiro.
A mesma fonte afirma que o clube só suportará uma folha de pagamento de R$ 3 milhões, já incluído o quadro de funcionários. Qualquer valor acima desse implicará o risco de atrasos. É isso o que Fábio Koff tenta dizer quando fala em "readequação financeira".
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