O Santos não perde na sua casa desde agosto do ano passado. Era outro, claro, com o craque Neymar em ação.
O novo, sem o seu melhor jogador dos últimos tempos e também sem o demitido multicampeão Muricy Ramalho, é uma caricatura do primeiro. É time do meio para baixo da tabela. O empate foi um resultado ruim para o Grêmio. São quatro pontos em duas rodadas do Brasileirão, a média é interessante. Poderia ser seis, o número estava quase na mão.
O Santos passou os 90 minutos da partida deste sábado correndo atrás do Grêmio, que tinha a posse de bola, mas saiu com um empate. Encontrou um adversário mais forte, porém dócil, sem o estilo matador dos times que querem algo mais no Brasileiro.
O Grêmio continua o mesmo da Copa Libertadores. Inconfiável. Não dá alento ao torcedor. Desanima.
O gol de Vargas no começo passou certa credibilidade. O time corria rumo aos 100% de aproveitamento. O segundo gol nunca chegou, apesar do domínio. Ficou mais distante no segundo tempo, quando o Santos reagiu, marcou de pênalti. A sequência de passes errados, especialmente o último, o da conclusão, atrasou os gaúchos.
O ataque gremista é só Vargas, o único criativo. Barcos jogou 65 minutos, mas a produtividade se aproximou do zero, o mesmo pode-se dizer de Kleber. O meio-campo é lento, os laterais raramente criam, buscam as jogadas ofensivas, Pará desperdiça todas as jogadas de ataque.
O Grêmio ainda procura um time competitivo. Junho chegou e o time das promessas não entrou em campo. Luxemburgo (e a direção) só fala no futuro, mas o que preocupa mesmo é o presente.