A multa rescisória nunca foi o problema crucial para Luxemburgo ficar ou sair do Grêmio. Seria duvidar da inteligência de Fábio Koff acreditar que um homem experiente como ele firmaria um contrato do qual seria prisioneiro.
O nó central da crise são os resultados, que não estariam acontecendo por falta de foco no trabalho e excesso de poderes.
Assessores de confiança do presidente citam exemplos: o site de vinhos lançado por ele e a presença do técnico na inauguração de um CT de lutas, no qual até colocou luvas e simulou um combate para os fotógrafos.
Declarações em questões fora de sua alçada, como quando falou em OAS e Grêmio "sentarem e conversarem" em torno de uma volta ao Olímpico, em razão do gramado da Arena, também foram mencionadas como exemplo. As pressões pela saída beberam desta fonte e fizeram parte do acordo pela manutenção do técnico.
Se há quatro meses ele era unanimidade a favor, não há lógica em virar unanimidade contra por ter perdido Libertadores e um Gauchão desprezado pela própria direção.
Luxa fica, mas com uma diferença que pode ser boa: agora é devedor de resultados, e não mais o salvador, como era quando levou um time desacreditado à Libertadores, no ano passado.
Se o futebol do Grêmio não voltar nem no Brasileirão, sua especialidade, aí não haverá outra chance.