A história de Ricardo Zanatta com o Ypiranga iniciou há cerca de 12 anos, e já teve capítulos dentro de fora de campo. Foi como jogador que começou sua trajetória no clube e, hoje, é como supervisor de futebol que vê o Canarinho sonhando em chegar longe no Gauchão 2025.
Foi nas categorias de base que Zanatta vestiu a camisa do Canarinho. À época, chegou a integrar as categorias sub-17 e sub-20, antes de decidir que seria melhor deixar os campos.
— Aquela chama que me motivava a treinar e tudo mais, eu acabei perdendo um pouco. E aí, comecei a focar em outras áreas. Em um primeiro instante, não dei sequência trabalhando em clubes. Fui para outras áreas, mas tinha deixado uma imagem bacana no Ypiranga, e aí surgiu o convite — relembra.
Eu me ausentei um pouco do futebol, não gostava nem de assistir
RICARDO ZANATTA
supervisor do Ypiranga, sobre o momento em que decidiu pendurar as chuteiras
Longe do futebol, Zanatta trabalhou por dois anos como motorista em Erechim. Neste período, também parou de acompanhar o futebol e tinha dificuldades de lidar com a escolha de abandonar o esporte.
— Foi um período muito difícil, porque você precisa girar a chave. Eu me ausentei um pouco do futebol, não gostava nem de assistir. Imaginei que nunca mais ia trabalhar com futebol. Mas parece que tudo se ajeitou, e foi acontecendo. — resume.
À época, ele reiniciou sua história no Canarinho como roupeiro. A curiosidade e a vontade de ganhar novas oportunidades dentro do clube, no entanto, fizeram com que sempre estivesse atento e aprendendo com os colegas. Foi assim que virou supervisor de futebol.
— Sou muito grato ao Ypiranga, porque me oportunizou estar aqui, confiou em mim. Já vivi muitas coisas no clube, só tenho recordações bacanas — afirma.
Mais da metade da minha vida é nesse ambiente
RICARDO ZANATTA
supervisor do Ypiranga sobre o ambiente do futebol
Foi através do futebol que Zanatta construiu "tudo", como resume. Como atleta, conheceu a esposa Juliana, com quem tem a pequena Maria Alice, de apenas oito meses. E é através do esporte que ainda vislumbra realizar outros sonhos.
— Uma boa parte de tudo que construí foi em razão do futebol. Hoje, não me vejo longe. Saí de casa com 12 anos para viver isso, hoje tenho 31. Mais da metade da minha vida é nesse ambiente. Como a gente fala no mundo do futebol: isso é uma cachaça boa, e quem entra não consegue sair.
Há seis anos, Zanatta viu o Ypiranga conquistar o título da Divisão de Acesso, que o garantiu na elite do Gauchão em 2020. Agora, ele sonha em presenciar o Canarinho voando ainda mais alto e, quem sabe, voltando a disputar a final do Estadual, assim como em 2022.