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As duas derrotas consecutivas, no Gauchão e na estreia pela Libertadores, abalaram o Grêmio no início desta temporada. Domingo, a equipe comandada por Roger Machado volta a campo na Arena, pela quinta rodada do Estadual. E terá pela frente velhos conhecidos do técnico tricolor: o Novo Hamburgo, time que ele treinou em 2015. A equipe do Vale do Sinos também busca recuperação, após ter sofrido sua primeira derrota no ano para o São Paulo, na última rodada.
Técnico do Novo Hamburgo, na sua primeira experiência no comando de um time profissional, Gerson Gusmão, 41 anos, falou sobre o confronto e sobre o momento do seu time, que tem cinco pontos e está em oitavo lugar na classificação. E avisou: mesmo que enfrente um Grêmio cansado pela viagem ao México, a expectativa é de ainda mais dificuldades, já que o Tricolor tenta se recuperar no Gauchão.
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O Novo Hamburgo começou o Gauchão com vitória, mas depois teve dois empates e uma derrota, e não marcou mais gols. Como você vê o momento da equipe?
Nós começamos muito bem a competição. E, mesmo tendo perdido para o São Paulo, defensivamente a equipe foi muito bem. Foi uma infelicidade a derrota, em um lance confuso entre nosso goleiro e a zaga. No ataque, conseguimos criar mais, mas infelizmente não conseguimos marcar. O que a gente espera, agora, é manter a produção ofensiva do último jogo, ou até mesmo melhorar, para buscar um bom resultado.
Vocês vão enfrentar um Grêmio que vem de duas derrotas seguidas, e com um grupo cansado da viagem ao México. Isso facilita ou dificulta as coisas?
Mesmo tendo o desgaste da viagem, que os jogadores podem sentir, a qualidade do grupo supera tudo. O Grêmio é superior a nós em relação à qualidade. É uma equipe muito forte, de tradição, e este cansaço é superado por vários fatores. Sabemos que será um jogo muito difícil, porque eles também precisamo do resultado positivo, e isso dificulta ainda mais. Vamos ter de montar uma estratégia para suportar a pressão.
O fato de o Roger Machado conhecer o Novo Hamburgo representa uma vantagem para o técnico do Grêmio?
Acho que não. Na verdade, são apenas dois atletas remanescentes do ano passado que estão no grupo. Claro que ele é um grande profissional, que deixou uma marca aqui, usou o Gauchão para se projetar, e este foi um dos fatores que o levou ao Grêmio. Mas ele não vantagem com relação ao grupo, porque os jogadores são bem diferentes. Sabemos que o Roger é um técnico moderno e de muita qualidade.
Passado um terço da primeira fase do Gauchão, qual é o objetivo do Novo Hamburgo?
Nosso grande objetivo é permanecer na primeira divisão, até pelo investimento que foi feito em relação aos outros anos. Conseguimos montar um grupo forte, com um sistema defensivo sólido, e a gente entende que estes atletas podem um pouco mais. Quem sabe uma classificação entre os oito? Isso seria algo muito bom para o clube. Mas o objetivo inicial é ficar na Série A. Depois, a gente quer algo a mais. Se conseguirmos a vaga, tudo pode acontecer.
*ZHESPORTES