Pela primeira vez, o Brasil perdeu para a Colômbia nas Eliminatórias Sul-Americanas. De maneira inédita, a Seleção Brasileira sofreu duas derrotas consecutivas na competição classificatória. Na temporada, são quatro insucessos, algo que não ocorria desde 2003. É em meio a esses tabus negativos que o time de Fernando Diniz recebe a Argentina nesta terça-feira (21), às 21h30min, no Maracanã.
Após a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, diante da Croácia, e a posterior saída de Tite, a equipe brasileira iniciou 2023 com Ramon Menezes, que estava na sub-20, como técnico. Com ele, foram três amistosos, com tropeços para Marrocos e Senegal e vitória sobre Guiné.
Sem conseguir fechar com Carlo Ancelotti, do Real Madrid, a opção de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, foi alçar Fernando Diniz à função, mesmo que de forma interina e, concomitantemente, ao trabalho do profissional no Fluminense. O início até foi promissor, com triunfos diante de Bolívia e Peru. Depois, veio um empate com a Venezuela em Cuiabá, seguidos de reveses diante uruguaios e colombianos.
— O time não consegue desenvolver o jogo aproximado, característico do estilo Diniz. A ausência de Neymar tirou a principal referência técnica do time, a mais eficiente em se tratando de cadência. Paquetá poderia compensar um pouco, mas está fora. Rodrygo não deu conta ainda. O time tem explosão, velocidade, mas não consegue se aproximar — destaca Carlos Eduardo Lino, comentarista dos canais SporTV.
Com o desempenho abaixo, a ideia de que há uma escassez de jogadores capazes de serem protagonistas voltou à tona. Isso ficou ainda pior após a lesão de Vinicius Júnior, que não estará à disposição para o duelo contra os atuais campeões mundiais.
— O principal problema existiria com qualquer treinador. Sempre são os jogadores que perdem, empatam ou ganham. Marquinhos vive um mau momento. Casemiro e Neymar nem estão. É uma entressafra. Tudo isso pesa. O maior problema são os jogadores que temos à disposição. Não é a pior das safras, mas o momento não é dos melhores — ressalta Mauro Beting, comentarista do SBT.
A situação pode melhor com Ancelotti?
Conforme apurado por GZH, Ancelotti será o treinador do Brasil a partir da Copa América, em junho. O italiano chegará com a moral de uma carreira consolidada no cenário europeu de clubes. Isso será o suficiente para solucionar os problemas da Seleção Brasileira?
— Sobre Ancelotti ser a solução, eu diria que não tem como. Diniz e ele são tão diferentes que um não usaria quase nada do trabalho do outro. A experiência de Ancelotti pode ajudar se os resultados ruins seguirem. Mas, aconteça o que acontecer, vai ser outra seleção — afirma Lino.
Para Mauro Beting, Ancelotti é a melhor escolha. No entanto, ele não vê a transição de Diniz para Ancelotti como algo tão fácil de ser superada em pouco tempo.
— O Ancelotti é a melhor solução, sim. Entendo que, buscando uma solução com um interino, o Dorival Júnior proporcionaria um solavanco menor (para o Ancelotti). Teria mais lógica — pontua o comentarista.