O Potter ficou conhecido por aqui como uma versão atualizada do Mick Jagger. Para ter ideia, num mesmo dia, ele assistiu jogos do Uruguai e Brasil. Em ambas partidas usou camisetas da Celeste e da Canarinho. La Cele perdeu para Portugal por 2 a 0, enquanto nós perdemos para Camarões por 1 a 0.
Foi aí que iniciamos uma campanha: "Potter, usa a camiseta da Argentina". Os hermanos voltaram à campo duas vezes. Em nenhuma delas Potter usou a peita, como gosto de chamar as camisetas de futebol, para zicar os argentinos.
Ontem, quando chegamos ao Lusail, fomos até a loja oficial da Fifa. Centenas de pessoas se acotovelavam para tentar comprar um regalo. Antes de seguir a história, um adendo. Ninguém vendeu mais produtos nesta edição do que a Argentina.
É impressionante. As pessoas atacam os produtos como formigas em busca de açúcar. Voltando. Em meio àquela confusão surge o Potter, com uma camiseta oficial. Saiu da loja e vestiu. O resultado vocês sabem. Não surtiu efeito algum.
A Argentina venceu por 3 a 0 com uma atuação histórica de Lionel Messi. O zicador do Alegrete foi derrubado. E sabemos o motivo, obviamente. Potter é doble chapa. Metade brasileiro, metade uruguaio. Ele torce pelas seleções. Vestiu a camiseta argentina e ainda foi chamado de "petcho frío" na hora de um golo dos hermanitos.
Bateria sem fim
Mesmo sendo um dos mais jovens da nossa delegação, Rodrigo Oliveira tem uma experiência incrível em Copas do Mundo. O Perguntinha, como chamamos o repórter, está em seu quarto Mundial.
Para onde se olhe em Doha, Oliveira está por lá. Uma coletiva pode render três matérias, duas colunas, seis boletins. Em trânsito de um local para o outro, ele faz decupagem de áudio, conversa em grupos de WhatsApp com jornalistas do mundo todo. E ainda sobra tempo para registros pessoais em suas rede sociais. Eu brinco sempre: o Oliveira é imparável.