Eleito o melhor do jogo pela Fifa e autor de um dos gols da Bélgica, o meia Kevin De Bruyne acredita que o plano tático do espanhol Roberto Martínez para o duelo contra a Seleção Brasileira beirou a perfeição. No primeiro tempo, o Brasil sofreu dois gols e mostrou uma desorganização poucas vezes vistas sob o comando de Tite. Além do meia, o volante Fernandinho, contra, marcou o outro gol belga do confronto.
— Eu acho que nós mudamos um pouco a tática. É uma pena que Romelu (Lukaku) e Hazard tenham mudado de posição, eles tentaram criar oportunidades com o Marcelo. Nós jogamos muito bem no primeiro tempo. Eles não sabiam o que fazer, depois o Brasil mudou de tática e melhorou, no segundo tempo. Mas também criamos. Fizemos todo o possível, foi um teste para o nosso caráter, os últimos 15 minutos. Lutamos muito — declarou De Bruyne, em entrevista coletiva após o confronto.
Nesta sexta-feira (6), o meia jogou mais avançado e foi o elo perfeito para os contra-ataques da Bélgica, servindo Hazard e Lukaku e dando imenso trabalho aos brasileiros Fernandinho e Paulinho no meio-campo. Em alguns ataques brasileiros, De Bruyne chegou a guardar posição e não recompôs para ajudar na marcação, segurando a defesa brasileira. Tudo dentro do plano de Martínez para vencer o jogo.
— Tenho de fazer tudo para vencer, tanto faz onde eu jogo. Preciso tentar contribuir. Fiz o que tinha de fazer, deixar a equipe calma. Jogamos um futebol muito bom, às vezes aceleramos demais. Fomos muito bem. Espero que meus companheiros vejam que dei tudo em campo, assim tem de ser — analisou o meia.
Aos 27 anos, De Bruyne tem chance de fazer história e dar para os belgas um inédito título de Copa do Mundo. Para isso, o próximo passo é eliminar a França na semifinal, na próxima terça-feira (10), às 15h (horário de Brasília), em São Petersburgo.
— É uma equipe extraordinária (França), mas em uma semifinal de Copa ninguém pega equipe fraca. Agora a diferença é menor, é mínima. Vamos tentar estar prontos física e mentalmente. Vamos até o fim. O futebol é assim. Lutaremos — finalizou.