Ciao, Ciao, Ciao
Tomou conta das ruas e do estádio em São Petersburgo. O mar verde e amarelo celebrou demais a goleada da Croácia sobre a Argentina. Parecia que Modric, Rakitic e companhia vestiam a camisa da nossa Seleção. A festa seguiu a caminho do jogo do Brasil. A todo momento, se ouvia a nova musiquinha criada para debochar dos argentinos. O Potter e o Duda Garbi pegaram metrô no centro. Num vagão lotado de torcedores, virou hino a paródia que cita Mascherano, Di Maria, Messi e encerra dando um "Ciao, Ciao, Ciao" para eles. Dando um alívio no "Sou Brasileiro, com muito orgulho no coração" e para o "Mil gols" — aquela do Maradona cheirador. Nesta Copa, a torcida brasileira está mais criativa para as músicas. Pobre Argentina.
Ra-sía neles
O otimismo aumenta a cada dia. A Rússia se apaixonou por seu time. O 8 a 1 nas duas primeiras rodadas criou uma onda positiva. As emissoras de TV lembram repetidamente em todas as transmissões da Copa que os russos estão garantidos nas oitavas-de-final com antecedência. Estava vendo o jogo da França e o narrador chegou a dar uma paradinha antes de destacar quem eram os classificados até então.
— Rá-si-a — fez questão absoluta de dizer com as sílabas perfeitamente separadas.
Os torcedores entram na onda. Sempre que falam do Mundial, perguntam sobre o Brasil e logo depois lançam uma frase vibrando com a Rússia. Ainda é tímido. A desconfiança permanece. Mas há otimismo.
David turista
Você lê a coluna dele e deve ter notado. Além de acompanhar e comentar o que acontece em campo, David Coimbra está maravilhado com a Rússia. Conhece como poucos a história do país da Copa e, ao desembarcar nele, foi como se chegasse a um parque de diversões. A Disney do David tem monumentos, museus, catedrais, praças, palácios, fortalezas e rios.
Dias atrás, saímos de uma estação de metrô em São Petersburgo. Logo à nossa esquerda, havia uma imensa estátua do Lênin em frente à Casa dos Sovietes, que na época da Segunda Guerra foi construída para receber a administração do país. O David saiu correndo como um guri para tirar foto. No Hermitage, maior museu do mundo, não sabia para onde olhar. Agora estamos indo para Moscou, para o próximo jogo da Seleção. Imagine como vai ficar o David.
