Antes de brilhar nos modernos estádios da Copa do Mundo da Rússia, os quatro gaúchos da Seleção aprenderam a jogar futebol nos mais variados pisos que o Rio Grande do Sul oferece. Alisson, Cássio, Douglas Costa e Taison marcaram gols, driblaram adversários, escaparam de pancadas e voaram embaixo das traves em campos de gramado irregular — isso quando havia, de fato, grama.
Para contar o começo da carreira dos craques, GaúchaZH visitou os primeiros campinhos onde os astros brasileiros deram seus primeiros passos atrás da bola. A reportagem esteve em Novo Hamburgo, onde um gordinho Alisson insistiu em seguir o irmão goleiro; em Veranópolis, terra de Cássio e dos seminaristas que lhe deram a primeira chance; em Sapucaia do Sul, local em que Douglinhas virou Douglas Costa; e em Pelotas, cidade que viu Taison guardar carros e fugir de zagueirões indignados.
Conheça as origens dos guris de Tite.
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O piá valente e bom de bola que enchia os olhos de todos ao redor do campo no Areião da Rótula era Douglas Costa. Igualava com talento a diferença de quatro anos e alguns quilos a menos em relação aos adversários, quase todos na faixa dos 13 anos.
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Alisson morou no Mundo Novo, em Novo Hamburgo, até os 10 anos. Protegidos pelas grades do imenso condomínio, ele e o irmão, Muriel, se esbaldavam no campinho de areia com dimensões de quadra de futsal e piso de areia grossa, de obra.
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O atacante passou a infância e a adolescência entre futebol, escola e esmola, fugindo dos zagueiros brucutus, das más companhias e da pobreza. Mas a fama e a grana do craque do Shakhtar Donetsk em nada mudaram a relação com a comunidade.
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Foi no Campo dos Padres, como é conhecida a área esportiva do seminário local, que Cássio, 31 anos, deu seus primeiros voos como goleiro. Ainda criança, um menino alto e de certa forma desengonçado, desequilibrava os joguinhos infantis impedindo que os amigos fizessem gol.
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