A CPI mista sobre a Copa de 2014 não será mais realizada por causa da retirada da assinatura de quatro senadores. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), comunicou, durante uma sessão do Congresso Nacional, que o requerimento não atingiu o mínimo de 27 parlamentares para concretizar a proposta. Na Câmara, desfecho diferente: 178 deputados se mostraram a favor, sete a mais do que o necessário.
A investigação tinha como objetivo apurar e fiscalizar possíveis irregularidades no uso de recursos federais nas obras para o torneio, que será disputado no Brasil, no próximo ano. De acordo com o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF), autor do requerimento protocolado no dia 17 de julho, Zezé Perrella (PDT-MG), ex-presidente do Cruzeiro, João Durval (PDT-BA), Jayme Campos (DEM-MT) e Clésio Andrade (PMDB-MG) foram os políticos que desistiram do apoio. Em entrevista ao jornal "O Estado de São Paulo", ele garante que havia conseguido 28 assinaturas no Senado.
- O jogo é muito pesado. O governo, os presidentes de partido e as pessoas ligadas ao evento atuaram. É desanimador ver que não há preocupação do Congresso com a fiscalização destes gastos - criticou.
Por intermédio de uma rede social, o deputado federal Romário também externou a insatisfação com o cancelamento da CPI.
"É uma vergonha. As suspeitas de superfaturamento nas obras da Copa vão ficar sem investigação! Lamentável! Sem contar a CPI da CBF, de minha autoria, que seguiu todos os trâmites, preencheu todos os requisitos e está parada numa fila. Na verdade, não é instalada por uma questão política", escreveu.