
Os jogos do Brasileirão vão contar com imagens e os áudios das revisões do VAR exibidas nos telões dos estádios, deverá ter "acréscimos de Copa do Mundo", poderá ter até sete atletas estrangeiros por partida e seguirá com quatro clubes rebaixados para a Série B do próximo ano. Essas foram as medidas aprovadas nesta terça-feira (14) durante o Conselho Técnico da competição, que foi realizado na sede da CBF, no Rio.
O encontro reuniu representantes dos 20 clubes da Série A e se entendeu por mais de cinco horas. Outra medida, esta determinada pela CBF, sem chance para discussão, foi a previsão da perda de ponto da tabela de classificação em caso de racismo em alguma partida.
Medida pleiteada por São Paulo e Santos, a ampliação do número de estrangeiros por jogo, de cinco para sete, foi aprovada pelos clubes sem ressalvas. O entendimento geral é de que o elevado número de jogos, que incluem ainda Copa do Brasil e competições internacionais, demanda elencos maiores. Os clubes citaram o exemplo europeu, onde não há limitação para uso de jogadores nascidos no continente, para aprovar o aumento.
O Brasileirão também passará a ter as revisões do VAR, as mesmas exibidas pela TV, mostradas em tempo real nos telões dos estádios. Os áudios das conversas entre a equipe de arbitragem no momento da revisão também serão disponibilizados.
Segundo o presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme, outra mudança que será percebida diz respeito a acréscimos mais longos ao final de cada tempo, semelhante ao que foi visto na Copa do Mundo do Catar, quando muitas partidas passavam de 50 minutos por etapa.
— Fiz uma pesquisa e vi que apenas a comemoração de um gol dura entre um e dois minutos. Se houver quatro gols em um dos tempos, só aí precisam ser acrescidos pelo menos quatro minutos — disse Seneme.
Desejo de alguns clubes, a redução de quatro para três clubes rebaixados ficará para o ano que vem. Segundo a CBF, essa medida terá impacto direto nas quatro divisões, e por isso precisa ser debatida com os clubes de todas as séries. Por causa disso, o tema nem sequer entrou em discussão.