Vivos e com esperanças. O Avaí fez o que precisava e ganhou do Palmeiras por 2 a 1. Agora, o Leão está a um ponto de sair da zona de rebaixamento do Brasileirão e tem duas rodadas para tentar alcançar a permanência na elite.
Tanto quanto nesta segunda, precisa vencer a próxima partida. Novamente na Ressacada, no último compromisso do ano em casa, o time enfrenta o Atlético-PR, às 17h de domingo. Já o Palmeiras, garantido na Libertadores, volta a jogar às 20h da próxima segunda. O adversário é o Botafogo, em São Paulo.
A torcida azurra pedia desde o primeiro apito de Ricardo Marques Ribeiro:
— Vai para cima deles, Leão.
O Avaí foi, porque a permanência do clube na elite nacional depende de vitória. Atrás dela a equipe da casa avançava pela direita, mas o poder do lateral não encaixava com o atacante Maurinho. O Palmeiras parava na linha de marcação na frente da área. E dali mesmo mandava para o gol. Foi assim que o travessão amassou a bola no chute de Tchê Tchê, aos 15 minutos. Logo depois, o jogo parou pela reclamação azurra. Após disputa pelo alto, a redonda tocou no braço do palmeirense Luan dentro da área. A arbitragem não assinalou a penalidade.
Sem demora e em busca do resultado positivo, o Avaí quase chegou ao fundo do barbante. Marquinhos recebeu na frente, segurou a marcação e rolou para Maurinho. Fernando Prass abafou logo em seguida ao arremate. Aos 30, o Leão perdeu a maior esperança de gol. Artilheiro do time na temporada, com 16, Junior Dutra deixou o gramado com dores na coxa e abriu caminho para Luanzinho fazer a mesma função, no lado esquerdo do ataque. Apesar do jogo aberto, a rede não mexeu na etapa inicial.
Na volta do intervalo foi o time que empurrou a torcida. O Leão iniciou o segundo tempo agressivo, com Maurinho e Luanzinho travados pela marcação na hora do arremate de frente para Prass, com apenas três minutos de jogo. A jogada em velocidade daria certo. Aos 11 minutos, Romulo botou na área para Maurinho. Ligeiro, ele tocou a bola e foi derrubado pelo goleiro do Palmeiras. Pênalti claro, marcado e convertido. Maior artilheiro da Ressacada, Marquinhos mandou o chute forte, à esquerda de Fernando Prass, que botou a bola dentro, o Avaí na frente e a torcida para cantar.
Canto que embalou o time e virou trilha sonora do segundo gol, cinco minutos depois. Do banco ao campo logo após a abertura do placar, Lourenço riscou a área ao entrar em velocidade pelo lado direito para mandar um balanço que encheu as redes palmeirenses e o peito da torcida azurra de esperança. Com dois tentos de vantagem e o adversário com um atacante a mais após a entrada de Willian na vaga do volante Thiago Santos, o Avaí tinha mais de 30 minutos para segurar o resultado. Wellington Simião ainda entrou para reforçar a marcação. No entanto, o Palmeiras descontou aos 29, com Keno aproveitando rebote após boa defesa de Kozlinski.
Torcida e time então passaram a jogar juntos. O Avaí defendeu o resultado. Depois de momentos delicados, em que a Ressacada ficava silenciosa, os torcedores de azul e branco cantavam em incentivo à equipe. Assim foi até o último apito — demorado pelos cinco minutos de acréscimos — celebrado com o urro de alívio de azurrar das arquibancadas e de dentro de campo.
Ficha técnica
Avaí: Kozlinski; Maicon, Alemão, Betão e João Paulo; Judson e Pedro Castro; Romulo (Lourenço), Marquinhos e Maurinho (Simião); Júnior Dutra (Luanzinho).
Técnico: Claudinei Oliveira.
Palmeiras: Fernando Prass; Jean, Mina, Luan e Michel Bastos; Thiago Santos (Willian), Tchê Tchê (Deyverson) e Moisés; Keno, Borja e Dudu.
Técnico: Alberto Valentim.
Gols: Marquinhos (A, aos 12min/2ºt), Lourenço (A, aos 16min/2ºt), Keno (P, aos 29min/2ºt)
Cartões amarelos: Simião, Kozlinski (A), Fernando Prass, Willian (P)
Arbitragem: Ricardo Marques Ribeiro, auxiliado por Guilherme Dias Camilo e Sidmar dos Santos Meurer (trio do MGF).
Local: Ressacada, em Florianópolis (SC)
Público: 11.082
Renda: 234.920,00