Melhor campanha, melhores desempenhos, o Grêmio foi para o Gre-Nal na condição de favorito. Porém, estranhamente, havia indiscutível temor em determinadas atitudes, principalmente por parte de dirigentes do Grêmio que ocuparam os dias que antecederam o clássico fazendo ruidosa campanha contra o árbitro.
Os argumentos foram quase risíveis. Lembravam que o juiz permitira anti-jogo do Fluminense e não obrigara o Inter a cumprir fair play contra a Ponte Preta, como se a lei tivesse sido descumprida. O barulho feito deu em nada. O Grêmio não conseguiu repetir suas boas atuações e perdeu o Gre-Nal. O medo se deu mal.
O Grêmio perdeu o Gre-Nal por culpa da imprensa e os colorados devem creditar a esta mesma imprensa a grande vitória deste domingo. Foi o que disseram os jogadores do Inter após o jogo. Estavam muito brabos pelas críticas que vinham recebendo e resolveram mostrar em campo que não mereciam ser criticados.
Na verdade, não foi o que aconteceu. O Inter ganhou porque Argel preparou o seu time para marcar o Grêmio no seu campo e não permitiu que o jogo de toques do adversário fosse realizado. Vitória da equipe que se preparou melhor e teve mais capacidade de superação.
O Gre-Nal foi disputado no melhor estilo dos clássicos. Muitas faltas, embora sem deslealdade. O Grêmio ainda não tinha se deparado com uma marcação tão eficiente. E o Inter mostrou velocidade e força que ainda não havia mostrado na competição. Jogadores decisivos do Grêmio não conseguiram encontrar espaço para jogar e tiveram atuações apagadas.
Foi no encerramento da temporada que apareceu o futebol que fez o Inter repatriar Anderson. Mostrou um espírito combativo que ainda não tinha aparecido. Marcou atrás, saiu em velocidade para contra-ataques e chegou ao ataque levando perigo à defesa gremista. Foi substituído quando mostrava vitalidade para continuar em campo. Troca difícil de entender.
* ZH Esportes