Era uma oportunidade para se afastar da zona do rebaixamento atuando diante da torcida. E essa chance não foi aproveitada. O Bahia, apesar de abrir o placar com Obina, cedeu o empate ao Atlético-PR e ficou no 1 a 1 com o Furacão na tarde deste domingo, na Itaipava Arena Fonte Nova, em duelo válido pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. Após o apito final de Francisco Carlos do Nascimento, as vaias tomaram conta do estádio.
O perigo segue rondando o Tricolor baiano no Brasileirão, já que o time de Cristóvão Borges foi aos 37 pontos. A Ponte Preta, com 33, abre a zona do descenso. Já o Furacão, que desperdiçou a chance de assumir a vice-liderança - mesmo que provisoriamente - chegou aos 52 e segue em quarto.
O Bahia, mesmo com a necessidade de vencer para se afastar da zona do rebaixamento, não entrou em campo com o futebol esperado pela torcida. Marquinhos Gabriel e William Barbio até tentaram, mas o setor criativo do Tricolor deixou a desejar no primeiro tempo. A melhor chance dos comandados de Cristóvão Borges veio com Obina, de cabeça. Ele só não marcou, aos 20 minutos, pois Weverton justificou a condição de goleiro que é.
O Atlético, por sua vez, explorou as dimensões da Fonte Nova, e utilizando a velocidade da dupla Everton e Dellatorre, deu certo trabalho. Só que Everton, o artilheiro do Brasileirão, não caprichou nas finalizações como deveria. Substituto de Paulo Baier, poupado, o espanhol Fran Mérida até tentou, mas não foi efetivo.
Bruno Silva, aos 38 minutos, resolveu "ajudar" o Bahia ao, com um carrinho, derrubar Rafael Miranda e, na sequência, empurrar Lucas Fonseca. Resultado? Cartão vermelho para ele e Bahia com um a mais em campo. Mas o Tricolor não aproveitou essa vantagem e o jogo não saiu do zero a zero.
O Bahia voltou com duas novidades: o volante Fabrício Lusa para atuar na vaga de Madson e o apoiador Anderson Talisca como o substituto de Marquinhos. E Talisca precisou de apenas dois minutos para deixar Obina na cara do gol. O camisa 27 encobriu Weverton e marcou um belo gol na Fonte Nova. Bahia na frente e lágrimas de Talisca, que, emocionado, foi abraçar Cristóvão.
O Bahia teve pouco tempo para celebrar. Mancini já preparava duas mudanças - as entradas de Zezinho e Ciro -, quando Dellatorre deixou Ederson na boa e o artilheiro do Brasileirão, agora com 16 gols, se antecipou para deixar tudo igual, aos 12 minutos.
Novamente sem o resultado que lhe interessava, o Bahia tratou de tocar a bola para aproveitar a vantagem numérica e buscar o segundo gol. Só que Hélder cometeu falta e ainda agrediu João Paulo. Francisco Carlos do Nascimento usou o mesmo critério e expulsou o volante do Bahia. A falta de tranquilidade imperou, o Bahia não encontrou os espaços que precisava e o empate permaneceu. O Bahia segue ameaçado, enquanto que o Atlético no G4.