A Fórmula 1 retorna neste final de semana no circuito de Zandvoort, na Holanda, após aproximadamente um mês de férias. A segunda metade da temporada da principal categoria do automobilismo será importante para definição do futuro dos pilotos, principalmente os que precisam garantir um lugar no grid nos próximos anos.
Enquanto alguns se destacaram na primeira metade, outros deixaram a desejar e têm a necessidade de mostrar mais nas 10 corridas restantes de 2023.
Sergio Pérez (Red Bull)
O piloto mexicano da Red Bull foi o que mais deixou a desejar nas 12 primeiras corridas que aconteceram. Apesar de ocupar a segunda posição na classificação, "Checo" está muito atrás do seu companheiro de equipe Max Verstappen. O holandês soma 314 pontos contra 189 do mexicano.
Ambos têm o melhor carro do grid, mas Pérez apresenta dificuldades de andar no mesmo ritmo do bicampeão mundial. São duas vitórias de "Checo" contra 10 de Verstappen. Outro fator que influencia é o desempenho nas classificações, uma vez que o mexicano chegou a ter a marca infeliz de cinco provas seguidas não conseguindo se classificar para o Q3 (terceira parte da disputa na qual os 10 pilotos mais rápidos disputam a pole position).
Pérez precisa melhorar seu desempenho, mesmo já tendo contrato garantido para 2024. Dessa forma, terá mais tranquilidade para brigar pelo assento mais concorrido em 2025.
George Russel (Mercedes)
O piloto da Mercedes está tendo um 2023 bem diferente do seu ano de estreia na equipe alemã. Em 2022, antes das férias, o inglês tinha conseguido cinco pódios. Na atual temporada, ele tem apenas uma aparição, com o terceiro lugar na Espanha.
Outro fator de impacto é a comparação com seu companheiro de equipe, o heptacampeão mundial Lewis Hamilton. No ano passado, Russell terminou o campeonato na frente do compatriota, enquanto em 2023 ele está 49 pontos atrás do companheiro, que já tem cinco pódios conquistados.
Russel ainda está longe do perigo de perder o posto na Mercedes. Mesmo tendo contrato até dezembro deste ano, o jovem inglês é visto com bons olhos pela equipe e tratado como um futuro campeão mundial. No entanto, ele precisa conquistar resultados melhores para ajudar sua equipe na briga pelo segundo lugar no campeonato de construtores.
Valteri Bottas (Alfa Romeo)
Bottas soma apenas cinco pontos nesta temporada, um a mais que o seu companheiro de equipe, o chinês Guanyu Zhou. Para a segunda metade da competição, a Alfa Romeo pretende trazer atualizações para melhorar o desempenho nas próximas dez etapas.
O finlandês tem experiência e já venceu dez vezes na F1. Isso dá credibilidade para o piloto, mas é um fator de pressão por resultados mais expressivos do que o oitavo lugar na primeira corrida realizada no Bahrein e a décima posição no GP do Canadá.
Com contrato até 2025, o piloto finlandês não pode relaxar. O acordo não garante o seu futuro na F1, ainda mais com a chegada da Audi na categoria como nova parceira da Sauber em 2026.
Kevin Magnussen (Haas)
Tendo conquistado apenas dois pontos em 12 corridas disputadas, o piloto dinamarquês vem deixando a desejar em 2023. A comparação com o seu companheiro de equipe, Nico Hulkenberg, é inevitável. O alemão soma nove pontos no campeonato, além de ter obtido resultados mais expressivos durante as classificações.
Magnussen tem contrato até o final deste ano e está longe de garantir seu nome na próxima temporada. Caso não consiga melhorar o desempenho, sua vaga estará disponível, uma vez que há pilotos de qualidade livres no mercado.
Logan Sargent (Williams)
Ele é um dos novatos da F1 em 2023, mas não vem fazendo por merecer a vaga na Williams. O piloto americano ainda não somou nenhum ponto, enquanto seu companheiro de equipe, o tailandês Alex Albon, já tem 11 conquistados.
É verdade que Sargent melhorou nas últimas provas, mas a Fórmula 1 é movida por resultados e a Williams precisa de pontos de ambos os pilotos para ficar em sétimo no mundial de construtores. O contrato do norte-americano é válido somente até o final desta temporada.