Mesmo tendo atuado por muito tempo no serviço público, a professora e pesquisadora Claudia Costin ainda se impressiona com a atuação do governo federal na educação. E não de forma positiva: é a falta de protagonismo do Ministério da Educação (MEC) que a preocupa, sobretudo durante a pandemia. Ao menos, observa, a inércia federal deu espaço para que Estados e municípios arregaçassem as mangas e dialogassem. Claudia é um dos maiores nomes brasileiros quando se pensa em políticas públicas na área: foi professora-visitante da Universidade de Harvard, diretora Global de Educação do Banco Mundial e ministra da Administração e Reforma do governo Fernando Henrique Cardoso. Hoje, é diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV) e presta mentoria a três secretários estaduais e 50 municipais de educação de todo o Brasil. Nesta entrevista concedida por Skype, ela fala sobre a volta às aulas na pandemia, as boas práticas de países-modelo e sua recusa em ser ministra da Educação do governo Jair Bolsonaro.
Com a Palavra
"Esperar a vacina para voltar às aulas seria cruel com as crianças mais pobres", diz especialista em políticas públicas para a educação
Ex-ministra, professora e hoje diretora de Inovação e Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas, Claudia Costin critica gestão do MEC e defende protocolos para volta gradual das escolas
Marcel Hartmann
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