O retorno das aulas da rede pública, nesta segunda-feira (1º), é marcado por redução nos períodos em algumas escolas de Porto Alegre. A medida é adotada como forma de protesto devido ao parcelamento dos salários dos servidores do Estado.
Na Escola Protásio Alves, na avenida Ipiranga, os períodos que são de 50 minutos foram reduzidos para 30 minutos. O mesmo ocorre no Colégio Estadual Florinda Tubino Sampaio, no bairro Petrópolis, que atende cerca de mil alunos.
Na Escola Marechal Floriano Peixoto, no bairro Floresta, onde há 587 estudantes, os últimos turnos não estão sendo realizados, pois a direção está conversando com os professores para decidir se irão aderir ou não à redução dos turnos. Outra escola que ainda avalia se irá seguir o movimento é a Escola Emílio Massot, na Cidade Baixa.
No entanto, em alguns dos principais colégios estaduais do Rio Grande do Sul, como é o caso do Júlio de Castilhos, o Julinho, as aulas ocorrem normalmente nesta segunda-feira.
Segundo as direções das escolas que a reportagem fez contato, todas irão paralisar as atividades na próxima quinta-feira - como foi anunciado pelo Cpers Sindicato, entidade que representa os professores da rede pública. A orientação de reduzir os períodos das aulas também é do Cpers.
"Se o governo está parcelando os salários, as escolas também irão parcelar as aulas", disse a presidente do sindicato, Helenir Aguiar Schürer.
Outra escola que também não voltou as aulas em Porto Alegre nesta segunda-feira é a Érico Veríssimo, no bairro Jardim Carvalho. O colégio ainda passa por obras de recuperação, após um grupo de estudantes depredar o local, na metade do mês passado. Os adolescentes foram apreendidos pela polícia.