Não importa se você quer aprender uma nova língua por meio de cursos ou dedicando-se por conta própria. Para todo idioma que se estude, há uma certeza: se a gramática, a fala e a compreensão não forem praticadas com frequência, a tendência é de que o conhecimento vá se diluindo no turbilhão de outras informações que temos de assimilar diariamente.
Manter contato rotineiro com a língua ajuda a desenvolver e manter as habilidades de comunicação. E isso vale tanto para quem estuda no próprio país quanto para os forasteiros que foram se aventurar fora da "pátria amada, idolatrada" - não são raros os exemplos de pessoas que estão em outras nações, mas não aproveitam a oportunidade para interagir com a cultura e os costumes do local que estão visitando.
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- Ao usar a língua frequentemente, consegue-se manter a fluência e ampliá-la. O aluno que faz aulas costuma sair da sala e já falar português, por exemplo. O ideal é trazer o idioma que se está estudando para a vida - sugere a coordenadora do Centro de Idiomas da Feevale, Evanize Veiga Spitzer.
Para inserir um idioma estrangeiro no dia a dia, não há mistério, basta planejamento. Dicas simples como fazer a lista de mercado ou configurar as ações do celular em outra língua funcionam bem. Assistir a filmes ou seriados e dedicar um tempo para a leitura de revistas, livros e sites no idioma que se busca fixar também são boas opções.
Mesmo gente que está fora do Brasil deve se esforçar para não deixar a prática de lado. Não são incomuns casos de viajantes que preferem trocar figurinhas com conterrâneos e evitam o contato com nativos ou mesmo estrangeiros de outras nacionalidades.
- Para quem viaja para fora do Brasil com o objetivo de aprender, é importante imergir. É preciso se impor e tentar se informar sobre o lugar visitado - aconselha Evanize.
A professora universitária e pesquisadora Adriana Amaral, 40 anos, é experiente em vivências longe de casa em razão do trabalho acadêmico que desenvolve sobre cultura pop. Entre 2015 e 2016, ela morou temporariamente em Londres por seis meses. Em 2004 e 2005, também viveu um período em Boston, nos Estados Unidos. Por conta dessas experiências, ela reforça a importância de se explorar possibilidades em território gringo.
- A interação com o local se dá nas pequenas coisas: indo ao supermercado, dando uma volta no quarteirão, conversando com as pessoas, pegando metrô ou ônibus. Enfim, situações corriqueiras, para além de aulas, cursos etc. Quando estou no Brasil, procuro ler, ver programas de TV e, por conta do meu trabalho, também tenho muito contato com outros pesquisadores falando via Skype - exemplifica.
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