O início do ano letivo é tempo de reencontro. Voltar ao convívio dos amigos é uma das principais motivações dos estudantes no período de volta às aulas. Mas e quando os colegas e a escola são uma novidade? Seja por mudança de endereço, situação financeira ou até por pedido do próprio aluno, trocar o ambiente de estudos exige que toda a família se envolva na adaptação. A recomendação dos especialistas é de que a preparação para quem vai frequentar uma nova escola neste ano comece desde já.
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Segundo a professora de Pedagogia da Universidade Federal de Santa Maria Doris Pires Vargas Bolzan, quanto menor a criança, mais complexa é a mudança:
- A confiança não é algo fácil de ser adquirido pela criança. Ela precisa conhecer a rotina da escola, quem vai estar na hora do lanche, do intervalo, ou quem vai estar no segundo turno, se é uma escola de dois turnos.
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Um erro comum dos adultos é fazer a matrícula na nova escola sem dar muitas informações à criança. Nos dias que antecedem o início do ano letivo, é preciso conversar sobre os aspectos positivos que o novo espaço oferece. É importante deixar claro que a troca de escola não é um castigo.
- A criança tem de participar, e a mudança tem de fazer sentido para ela. A escola é o ambiente em que se constroem laços que, muitas vezes, continuam por toda a vida, por isso a adaptação precisa ser muito trabalhada - explica a professora de Psicologia da Feevale Lisiane Menegotto.
Ainda que o tempo de adaptação seja diferente para cada aluno, a interferência dos pais e dos professores ajuda a encurtar esse período. Planejar uma estratégia de aproximação do aluno com o seu novo ambiente escolar costuma ajudar a criar familiaridade. Atividades simples como um passeio pela nova escola fazem com que o estudante chegue mais seguro ao primeiro dia de aula. Manusear os novos materiais, como agendas e uniformes que serão usados durante o ano, também prepara a criança para o que ela vai vivenciar na escola.
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A tranquilidade transmitida pelos adultos condiciona a adaptação. Por isso, é necessário tratar a mudança com naturalidade.
- Precisamos encarar de maneira positiva, como algo que faz parte da vida. Porque, às vezes, o pai está mais aflito com a mudança do que a própria criança - afirma Dóris, salientando que conversas com os profesores e com a orientação pedagógica dão bases para a atuação dos pais, além de deixá-los mais tranquilos.