A estimativa de aumento do piso nacional dos professores ficou em 8,32%. De acordo com a secretária adjunta da Educação do Estado, Maria Eulália Nascimento, o valor do reajuste será publicada em janeiro e a partir daí o Rio Grande do Sul vai adequar suas parcelas de completivo.
O reajuste ficou abaixo do esperado pela categoria por causa da queda da receita do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), índice de base para o aumento. A presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, diz que o aumento é um ataque frontal à lei do piso, seja pelo cálculo do governo federal, ou seja pela decisão do governo estadual de como repassar o pagamento.
"Este valor de reajuste do piso nacional estabelecido em 8,32% é mais um golpe do governo federal em cima da lei do piso, já que o governo faz um cálculo do custo-aluno a partir de uma previsão do ano que vem, quando o cálculo que deveria ser feito é a partir de 2013, que já foi divulgado que deveria ser de 19%", defendeu em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
A secretária adjunta de Educação voltou a afirmar que nenhum professor com 40 horas recebe menos do que o piso no Rio Grande do Sul, apesar de admitir que foi opção do governo manter a carreira do magistério e optar pelo completivo em vez do piso.
"O reajuste de 8%, embora seja menor do que os 19% que havia expectativa, tem a mesma característica que nós já questionamos no Supremo Tribunal Federal: a imprevisibilidade. O orçamento do Estado foi votado dois dias antes de sair essa portaria. Não havia como o Estado prever no seu orçamento qual seria o reajuste a ser concedido. Isso desorganiza as finanças públicas", argumentou Maria Eulália no Gaúcha Atualidade.
Ouça a entrevista com a secretária adjunta da Educação no Gaúcha Atualidade