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A importância da agenda ESG no processo de recuperação econômica do Rio Grande do Sul após a enchente de 2024 foi o tema da edição do Painel RBS realizada na manhã desta quinta-feira (13). Durante pouco mais de uma hora, lideranças empresariais que se destacam no mercado por boas práticas em sustentabilidade ambiental, desenvolvimento social e governança, debateram a centralidade destas pautas na retomada da economia gaúcha após a tragédia climática ocorrida no último ano.
Participaram do painel: Fabio Faccio, CEO da Lojas Renner S.A; Leandro Marin, vice-presidente do Grupo Aegea Regional Sul; Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8; e Daniel Randon, presidente da Randoncorp. O encontro foi mediado pelo jornalista Rodrigo Lopes.
— Vamos contra a polarização de achar que ou você gera resultados ou você faz ESG, a gente acredita muito que se você fizer bem feito, você gera ambos. Você consegue fazer economia de forma regenerativa ou circular, e você consegue reduzir custos de forma sustentável — destacou em sua fala o CEO da Lojas Renner, fundada em Porto Alegre e hoje uma das líderes do varejo de moda no planeta.
Os participantes do painel integram o Retoma RS, projeto editorial do Grupo RBS em parceria com empresas do Estado que demonstra como o ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) exerce papel fundamental na recuperação do Rio Grande do Sul após a tragédia climática de maio passado.
— Já está muito claro para nós e para muitas outras empresas que essa pauta da sustentabilidade, se não acontecer, o negócio não vai se perenizar, vai sofrer de um mal que sofrem as empresas que não acompanham as evoluções, não acreditam nos benefícios dessa pauta e não assumem seu papel na sociedade. Não dá mais para fecharmos os olhos para as questões climáticas, o Rio Grande do Sul talvez seja o maior exemplo disso — observou Leandro Marin, vice-presidente do Grupo Aegea Regional Sul, companhia de saneamento presente em 317 municípios gaúchos.
Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8, líder na produção de biodiesel no Brasil, lembrou que, além de produtos sustentáveis, as empresas também podem traçar metas com base na agenda ESG dentro de suas próprias atuações:
— Somos uma empresa que entrega solução ambiental, um produto que ajuda a redução das emissões, e além dessa entrega temos compromissos dentro das operações, por exemplo, de net zero (zerar o saldo) de emissões até 2030. Temos também uma pegada muito forte no que diz respeito à área social, não só pelas ações sociais que fizemos, como todas as empresas aqui fizeram nesse momento que o Estado passou, mas gerando empregos de qualidade, empregos verdes.
As empresas parceiras do Retoma RS operam em diferentes setores da economia. Por isso, também têm a oportunidade de apresentar inovações dentro de suas áreas de atuação que contribuam para a pauta ESG como um todo.
— Olhando o nosso setor, tem muita oportunidade. Além de poder melhorar nossa mobilidade urbana, tem a questão da descarbonização, e devemos ter esse papel também de protagonismo, de buscar soluções — reforçou Daniel Randon, da Randoncorp, multinacional com sede na serra gaúcha que produz carrocerias, reboques e semirreboques.
Esta foi a primeira edição do Painel RBS realizada em 2025. O evento teve transmissão ao vivo pelo canal de GZH no YouTube (assista abaixo).
O projeto Retoma RS
Lançado em julho de 2024, o projeto editorial Retoma RS aborda ações realizadas seguindo o conceito ESG, mostrando exemplos de como essas iniciativas podem contribuir para o desenvolvimento sustentável em um contexto global de mudanças climáticas.
Temas como preservação do meio ambiente, inclusão social e boas práticas de gestão de resíduos são destaque nas publicações. Os conteúdos são reunidos em cadernos especiais, publicados na última quarta-feira de cada mês, em Zero Hora e em GZH. Todas as reportagens já produzidas no Retoma RS podem ser acessadas aqui.