Eleito no final de maio, Claudio Bier tomou posse na presidência da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). A cerimônia realizada na noite desta quinta-feira (18) teve a presença de três ministros: da Agricultura, Carlos Fávaro; do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira; e da reconstrução do RS, Paulo Pimenta. Também prestigiaram o ato o governador Eduardo Leite e o Prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, além de deputados estaduais, federais e dirigentes de outras entidades gaúchas.
Ele assume o mandato até 2027, em substituição a Cláudio Petry, que presidiu a entidade por sete anos. A nova gestão começa em meio aos desafios provocados pela necessidade de reconstrução do Estado após a trágica enchente de maio.
O tema da reconstrução, aliás, será um dos quatro pilares instituídos pela diretoria, que, de forma inédita, terá a figura de um CEO, ocupada pelo ex-presidente da John Deere Paulo Herrmann.
De acordo com o novo presidente, além da reconstrução, os focos serão a retomada da competitividade, a inovação e o desenvolvimento e a retenção de talentos.
— A reconstrução tem um significado especial. Não se trata de reconstruir fisicamente, mas de trabalharmos juntos. Essa expressão representa a união e pode ser mais do que tijolos e cimento. Existem várias maneiras de colocarmos o Estado no rumo. O que nos motiva, o que nos faz brilhar os olhos é traçar caminho para um futuro melhor — declarou.
Claudio Bier enfatizou a relevância do setor:
— Queremos o que é nosso, não esmola. Não devemos permitir que mão de obra vá para outros Estados. Cada uma das fábricas atingidas no RS têm uma história. A indústria não é fim dela mesma, se propaga para a sociedade. Sem indústria não há desenvolvimento — complementou.
Para o novo presidente, o papel da Fiergs na reconstrução começa pela própria sede, mas se propaga pelo Estado. As exigências econômicas, comenta, mudaram, e a entidade deve exercer papel de convergência para unir diversos atores em momentos como esse.
— A Fiergs é uma entidade que conversa com todos. O setor representa 25% do PIB do RS. A reconstrução é uma das nossa funções — afirmou Bier, que ainda agradeceu ao antecessor direto, Gilberto Petry, e aos demais presidentes que, segundo ele, "fazem parte dessa engrenagem" que vai ajudar a reconstruir um Estado mais forte e resiliente.
Eduardo Leite saudou o novo presidente e afirmou que compartilha de igual visão para o futuro do Estado. Segundo ele, ainda que haja divergência, a convergência é mais forte.
— O RS passa por dificuldade. Aliás, nos coube enfrentar ajuste fiscal, estiagem, uma pandemia e agora essa tragédia climática, mas não perdemos a confiança e a esperança no futuro do Estado. O momento nos pressiona, mas ao lado da iniciativa privada vamos extrair o melhor do que esse momento negativo nos demandará fazer. O RS não é grande por causa da governos. O RS é grande por quem trabalha e por quem gera empregos — afirmou o governador.