Após a criação de 276.043 vagas em maio — dado revisado nesta quinta-feira (29) —, o mercado de trabalho formal brasileiro acelerou no mês passado e registrou um saldo positivo de 309.114 carteiras assinadas em junho, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia.
O resultado do mês passado decorreu de 1,601 milhão de admissões e 1,291 milhão de demissões. Em junho do ano passado, em meio à primeira onda da pandemia de covid-19 no país, houve fechamento de 30.448 vagas com carteira assinada.
No acumulado do primeiro semestre de 2021, o saldo do Caged já é positivo em 1,536 milhão de empregos no país.
De acordo com o Ministério da Economia, 3,5 milhões de trabalhadores seguiam com garantia provisória de emprego em junho graças às adesões, em 2020 ou 2021, ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). Para cada mês de suspensão ou redução de jornada pelo programa, o trabalhador tem o mesmo período de proteção à vaga. O programa foi relançado em abril pelo governo por mais quatro meses.
Desde janeiro do ano passado, o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para as empresas, o que traz diferenças na comparação com resultados dos anos anteriores. Na metodologia anterior (de 1992 a 2019), o melhor resultado para junho na série sem ajustes havia sido em 2008, quando foram criadas 309.442 mil vagas no sexto mês do ano.