
O índice de produção da indústria gaúcha atingiu 52,9 pontos em agosto, conforme pesquisa da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) divulgada nesta quinta-feira. O dado representa alta de 5,4 pontos em relação a julho, a maior elevação mensal desde fevereiro de 2014.
O indicador de emprego apresentou leve melhora no mês passado. Atingiu 47,1 pontos – estava em 46,3 pontos em julho – e ainda indica queda pelo fato de seguir abaixo do patamar de 50 pontos.
Leia mais
Badesul recupera possibilidade de repassar recursos do BNDES
Ocupação na indústria em agosto volta a crescer após cinco anos
Desemprego sobe e atinge 204 mil pessoas na Grande Porto Alegre
"Com a chegada do final do ano, a expectativa é de que ocorra uma pequena melhora. Mas a verdade é que o empresário não sabe se conseguirá passar pelo próximo ano, a permanecer o cenário econômico atual", afirmou o presidente da Fiergs, Heitor José Müller, em comunicado divulgado pela entidade.
Outro dado negativo apontado pela sondagem é a ociosidade do setor industrial, que permanece elevada, embora a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) tenha passado de 66% em julho para 67% em agosto. Além disso, o levantamento indicou excesso de estoques, cujo indicador subiu de 50,6 para 52,8 pontos.
Expectativas
De acordo com a Fiergs, para os próximos seis meses, a projeção dos empresários gaúchos para a demanda de produtos avançou pelo quarto mês consecutivo, atingindo 57,4 pontos, o maior valor desde março de 2014. Além disso, o índice de emprego subiu pelo quarto mês consecutivo (48,8 pontos), mas ainda indica contração.
A intenção de investimento permanece em nível baixo (40,8 pontos), apesar de o dado de agosto ser o maior em oito meses. Já as perspectivas para exportações também se revelaram positivas, conforme a Fiergs, subindo a 54,4 pontos.
Entenda a sondagem
Os indicadores da sondagem industrial variam de zero a cem pontos. Valores acima de 50 apontam expectativas de aumento. Abaixo de 50 pontos, projeções de queda. Para a intenção de investimentos, quanto maior o índice, maior a propensão a novos aportes.