A projeção de instituições financeiras para a inflação neste ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu pela quinta vez seguida, ao passar de 7,19% para 7,25%. Para 2017, a estimativa é mantida em 5,50% há cinco semanas. As análises integram o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) às segundas-feiras.
As estimativas estão acima do centro da meta de inflação, que é 4,5%. O limite superior da meta é 6,5% neste ano e 6% em 2017.
O relatório Focus também apresenta as expectativas de instituições financeiras para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A previsão para este ano foi alterada de 3,60% para 3,44%. Para 2017, a estimativa de alta foi mantida em 1%.
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Além disso, a projeção para a cotação do dólar passou de R$ 3,65 para R$ 3,60 no fim de 2016 e de R$ 3,81 para R$ 3,80 ao final do próximo ano.
Conforme o relatório Focus, a expectativa das instituições financeiras para a taxa básica de juros, a Selic, ao final de 2016 foi mantida em 13% ao ano. Para o fim de 2017, também não houve alteração na expectativa: 11,25% ao ano.
Atualmente, a taxa está em 14,25% ao ano. É função do Banco Central fazer com que o IPCA fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a Selic.
Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta a taxa, busca conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo. No entanto, a medida alivia o controle sobre a inflação.
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros para fazer com que o IPCA fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.