A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que o grande desafio que o país enfrenta hoje é a necessidade de se construir infraestrutura logística.
- Ao analisar as rodovias, principalmente nos eixos mais importantes, levar a duplicação a elas torna-se essencial - afirmou Dilma durante cerimônia de assinatura de mais três contratos de concessão de rodovias do Programa de Investimento em Logística (PIL). Para a presidente a duplicação das estradas também significa "maior segurança, rapidez e menor custo".
No evento onde também estavam o ministro dos Transportes, César Borges, e representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e das empresas vencedoras dos leilões, a presidente Dilma fez críticas direcionadas aos "pessimistas" quanto ao andamento do PIL.
- Houve desconfiança, gente pessimista em relação a ele (ao programa). Aproveito e uso uma imagem feita pelo grande Nelson Rodrigues, que dizia que os pessimistas fazem parte da paisagem, assim como os morros e as praças. ê a da vida, da condição humana, agora todos nós que temos de fazer somos aqueles que têm de acreditar que é possível modificar paisagens - afirmou.
O evento serviu para a assinatura dos três contratos de concessão de rodovia que faltam: BR-163 no Mato Grosso, BR-163 no Mato Grosso do Sul e BR-040 no Distrito Federal e em Minas Gerais. Dessa forma, foi concluída a formalização de concessões de cinco lotes rodoviários leiloados no final do ano passado.
De acordo com dados do governo, a concessão da BR 163-MS deverá ter investimentos de R$ 5,69 bilhões em 30 anos nos 847,2 quilômetros situados entre a divisa de MT/MS e divisa MS/PR. A tarifa de pedágio prevista pelo grupo CCR foi de R$ 0,04 por quilômetro de rodovia, o que representa um deságio de 52,74%.
Em relação à concessão da BR 163-MT a previsão do Executivo é de que R$ 4,6 bilhões sejam investidos nas próximas três décadas nos 850,9 quilômetros situados entre MT/MS e Sinop (MT). Já a concessão da BR 040/DF/GO/MG deve gerar investimentos da ordem de R$ 7,92 bilhões nos próximos 30 anos nos 936,8 quilômetros de rodovia que vão de Brasília (DF) até Juiz de Fora (MG), passando por Belo Horizonte (MG).