Em sessão nesta quinta-feira, a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul manteve a prisão de dois suspeitos de envolvimento na fraude do leite. Larri Lauri Jappe, vereador de Horizontina, e Daniel Riet Villanova, responsável por um posto de resfriamento em Selbach e preso na primeira fase da operação, tiveram os pedidos de habeas corpus negados pelos desembargadores. A decisão da 4ª Câmara Criminal foi unânime em ambos os casos.
Para Villanova, os desembargadores destacam que ele seria responsável pela fórmula de adulteração, segundo revelações iniciais. No caso de Jappe, a decisão aponta que a situação do vereador de Horizontina ainda precisa de melhor análise.
A operação Leite Compen$ado teve a primeira fase deflagrada em 8 de maio e a segunda em 22 de maio para investigar fraude que consistia no acréscimo de água ao leite para aumentar o volume do produto. Para mascarar a mistura, era acrescentado ureia com formol.
Bens indisponibilizados
Suspeitos de envolvimento na fraude do leite nos municípios de Ibirubá e Três de Maio tiveram os bens indisponibilizados pela Justiça nesta semana. A decisão, em caráter liminar, segue indicativo que já havia sido tomado pelo Judiciário em Ronda Alta e Horizontina, outros núcleos da Operação Leite Compen$ado, e ocorre após pedido do Ministério Público. Pela medida, os suspeitos ficam agora proibidos também de produzir, transportar e fornecer produtos lácteos que não atendam às normas legais, sob pena de multa. O pedido para indisponibilidade dos bens foi feito para garantir recursos de uma futura indenização ao final do julgamento da ação.