A União Europeia concorda em começar imediatamente com testes para identificar carne de cavalo em produtos vendidos como carne de boi, em busca de reafirmar aos seus nervosos consumidores que a comida do país é segura e para dar fim ao escândalo da carne de cavalo que tomou conta da Europa. Os testes irão também procurar pela presença de fenilbutazona, um anti-inflamatório utilizado em cavalos que pode ter efeitos adversos para a saúde humana.
A crise continuou a ecoar na sexta-feira, quando a Àustria e Noruega confirmaram que refeições prontas de bife bovino continham carne de cavalo, aumentando preocupações de que mais casos em mais países venham à tona após terem sido detectados já no Reino Unido, França, Alemanha e Suíça.
No Reino Unido, testes verificaram que 29 de 2.501 produtos comercializados no país continuam mais de 1% de carne de cavalo.
- A grande maioria dos produtos bovinos no país não contêm carne de cavalo. Os exemplos que temos são totalmente inaceitáveis -disse Catherine Brown, chefe executiva da agência britânica de segurança alimentar, a FSA, que conduziu os testes.
O governo francês acusou na quinta-feira a Spanghero por vender 750 toneladas de carne de cavalo com o rótulo de carne bovina ao longo de seis meses, dos quais 500 toneladas foram enviados à fabricante de comidas prontas congeladas francesa Comigel. A carne foi usada para preparar 4,5 milhões de produtos fabricados pela Comigel para 28 companhias diferentes em 13 países da Europa.