Após o investimento de R$ 1,4 bilhão para ampliação da fábrica, a General Motors (GM) anunciou nesta segunda-feira a necessidade da contratação de 2,45 mil novos trabalhadores para a criação de um terceiro turno no complexo industrial da empresa em Gravataí.
Deste total, 1,45 mil vagas serão na própria montadora. As outras mil serão abertas nos sistemistas.
Entre 2010 e o fim do ano passado, a unidade passou pelo terceiro ciclo de expansão para o lançamento de novos veículos. Com a ampliação, a capacidade instalada, que era de 230 mil veículos por ano, chegará a 380 mil. Ainda em 2012 a GM iniciou a produção do modelo Onix na versão hatch e, para os próximos meses, está prevista estreia da versão sedã. Conforme a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o Onix já alcançou a sétima posição entre os carros mais vendidos do país.
Na unidade gaúcha, que em dezembro chegou à marca de 2 milhões de veículos montados, também é produzido o modelo Celta. O Prisma, lançado em 2006, deixou de ser montado ano passado.
Por enquanto, a empresa não detalhou as funções com vagas abertas nem como os interessados em uma oportunidade devem proceder. O diretor administrativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, comemora a necessidade de contratação de novos trabalhadores, mas prevê dificuldades para que GM e sistemistas consigam recrutar o número previsto devido à escassez de mão de obra.
- A GM anunciou agora o terceiro turno, mas estão contratando desde a virada do ano. Estão até distribuindo folhetos pela cidade convidando para trabalhar na fábrica. Quem diria que chegaríamos a este ponto? Mas que bom que chegamos - afirma Ascari.
O dirigente sindical, no entanto, alerta que um dos próximos embates com a montadora pela redução da jornada de trabalho semanal de 42 horas para 40 horas.
Além de Gravataí, a GM anunciou a contratação de 180 empregados para a nova fábrica de motores e cabeçotes que será inaugurada no fim de fevereiro em Joinville (SC). Enquanto isso, a situação da unidade de São José dos Campos (SP) é inversa. Na cidade paulista, a montadora e o sindicato local de metalúrgicos chegaram a um acordo para o desligamento de 650 pessoas após o prazo de dois meses devido ao fim de uma linha de produção.